São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Maioria do Sul e Sudeste quis cassação

DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os votos dos deputados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram os responsáveis pela absolvição anteontem do deputado Ricardo Fiuza (PFL-PE), acusado pela CPI do Orçamento.
A análise das folhas de votação mostra que na urna onde foram colhidos os votos dessas regiões apenas 38,7% foram pela cassação de Fiuza.
Na urna onde foram depositados os votos das regiões Sul e Sudeste, quase o dobro (66,9%) foram pela cassação do deputado. A votação do pedido de cassação de Fiuza foi feita em duas urnas divididas por regiões.
Resultados
Na primeira urna o resultado foi de 136 votos pela absolvição e 86 pela cassação. Na outra urna, a apuração resultou em 146 votos pela cassação e 72 pela absolvição.
Para Fiuza perder o mandato faltaram 20 votos. O placar registrou 232 votos pela cassação, 208 pela absolvição, 15 abstenções e quatro votos em branco.
Apesar de a maioria ter votado pela cassação, não foi atingido o número necessário de votos (252, metade mais um).
Roberto Magalhães
O relator da CPI do Orçamento, Roberto Magalhães (PFL–PE, mesmo partido e Estado que Fiuza), foi um dos 14 deputados que registraram presença no plenário e não votaram no julgamento (veja relação ao lado).
O deputado Ricardo Fiuza, como os acusados nos julgamentos anteriores, não votou. Dos sete acusados pela CPI do Orçamento que ainda não foram julgados no plenário da Câmara, apenas Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) faltou.
Ibsen teve seu pedido de cassação aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) anteontem.

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