São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Reitor mantém a proposta de reajuste

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 20/05/94

O piso salarial dos funcionários da USP, Unesp e Unicamp é de 164 URVs - com o reajuste de 8% este mês - e não de 1.285 URVs, como foi publicado nesta reportagem.
Reitor mantém a proposta de reajuste
O reitor da USP, Flávio Fava de Moraes, manteve ontem a proposta de aumento salarial feita antes da decretação da greve de professores a partir de segunda-feira.
"Estamos valorizando os salários o máximo possível, o que não quer dizer que eles são os melhores", afirmou.
Fava, que é também presidente do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), diz que os recursos da USP, Unesp e Unicamp não permitem um reajuste maior.
As três universidades recebem 9% da arrecadação do ICMS –a principal fonte de recursos do governo estadual.
Professores e funcionários das três instituições têm isonomia salarial (o mesmo ganho pelas mesmas funções).
As associações de docentes e de funcionários das universidades reivindicam um reajuste de 37% sobre os salários já convertidos em URV. O Cruesp oferece 8%.
Pelos dados dos reitores, com sua proposta, a USP vai gastar 89,53% dos recursos do ICMS com salários, a Unesp 93,42% e a Unicamp 88,04%. "O ideal seria gastar até 85%", diz Fava.
O presidente da Adusp (Associação de Docentes), Otaviano Helene, afirma que, se os recursos são insuficientes para impedir que a universidade seja sucateada, o Cruesp deveria conseguir mais.
Com o reajuste oferecido, o salário inicial de um professor doutor em dedicação exclusiva (a maioria nas três universidades) é de 1.331 URVs. O piso dos funcionários fica em 1.285 URVs.
Os assalariados das três universidades estaduais tiveram no último ano seus salários atualizados mensalmente pelo IPC da Fipe.
As entidades reivindicam reajuste pela medida de inflação do Dieese –o que dobraria o reajuste de 6,22% dado pelo Cruesp para repor perdas desde maio de 93.
Além disso, querem 20% de aumento real (o que, somado à defasagem com inflação, chegaria aos 37%), contra 1,68% oferecidos pelos reitores.

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