São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994 |
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Bolsas de Valores sobem e negociam mais
<FT:"MS SANS SERIF",SN>RODNEY VERGILI
Cresce a procura pelo dólar no paralelo; há migração de dinheiro dos CDBs prefixados para commodities Os índices de preços das Bolsas de Valores subiram ontem. A Bolsa paulista registrou alta de 5,9% e a carioca de 4,4%. Os volumes de negócios também cresceram. A elevação nas cotações ocorreu basicamente por "puxadas" em papéis de segunda linha. Os investidores institucionais (como fundos de pensão) estão diversificando seus investimentos. A Comissão de Valores Mobiliários divulgou ontem dados estatísticos mostrando que continua positivo o saldo de captação de dinheiro externo em abril. As incertezas sobre as aplicações financeiras a partir da troca da moeda para o real estão acarretando uma maior procura por ativos de renda variável, como o dólar no paralelo. Ontem, o deságio (diferença entre o dólar comercial e o paralelo) foi de 1,71%. O menor deságio desde 21 de março último (-1,54%). O investidor deseja deixar o dinheiro livre. Os fundos de carteira livre (renda fixa) e os fundos de commodities continuam a apresentar captação positiva. Os fundos de carteira livre aplicam em operações de renda fixa, utilizando ações como lastro e têm a possibilidade de retirada a qualquer momento. Rendem mais do que os fundões. Os fundos de commodities propiciam rentabilidade a qualquer momento a partir de um período inicial de 30 dias. As aplicações financeiras não deverão carregar a inflação passada na troca da moeda para o real. Isso deve dificultar a colocação de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) prefixados a partir de meados de junho. O Banco Central deverá balizar os juros, pois haverá dificuldade de se estimar a inflação em real. Já está ocorrendo uma saída de recursos dos CDBs prefixados em direção aos fundos de commodities. Ontem, os CDBs em URV estavam com juros entre 35% a 37% ao ano, contra 28% a 30% ao ano no início do mês. (Rodney Vergili) JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,608% no dia 10, projetando rendimento para o mês de 41,80%. Segundo a Andima, a taxa média do over foi ontem de 54,13% ao mês, significando rendimento diário de 1,80%, o que projeta rentabilidade de 47,80%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 54,24% e 54,32% ao mês por um dia. CDB e caderneta As cadernetas que vencem hoje rendem 49,2425%. CDBs prefixados negociados ontem: de 8.500% a 8.850% ao ano para 32 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 25% a 26% ao ano mais a variação da TR. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 54,28% a 54,41% ao mês. Para 32 dias (capital de giro): de 8.600% a 8.750% brutos ao ano. No exterior Prime rate: 6,75% ao ano. Libor: 5,1875%. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 5,9%, fechando com 16.378 pontos e volume financeiro de CR$ 322,83 bilhões, contra CR$ 243,02 bilhões no dia anterior. Rio: alta de 4,4% (I-Senn), fechando com 60.733 pontos e volume financeiro de CR$ 34,50 bilhões, contra CR$ 28,88 bilhões no dia anterior. Bolsas no exterior O índice Dow Jones fechou com 3.652,84 pontos, com alta de 23,80 pontos em relação ao dia anterior. O índice Financial Times fechou com 2.494,20 pontos, com alta de 2,7 pontos em relação ao dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.224,24 pontos, com alta de 74,11 pontos em relação ao dia anterior. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.508,70 (compra) e CR$ 1.508,80 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 1.483,88 (compra) e CR$ 1.483,90 (venda). "Black": CR$ 1.472,00 (compra) e CR$ 1.483,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 1.472,00 (compra) e CR$ 1.476,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 1.411,00 (compra) e CR$ 1.442,00 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 1,62%, fechando a CR$ 18.190,00 o grama na BM&F, movimentando 2,49 toneladas. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra fechou cotada a 1,5005 dólar, contra 1,4889 dólar no dia anterior. Em Frankfurt, foi feriado. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 104,10 ienes ontem, contra 104,12 ienes no dia anterior. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou em 49,24%, contra 49,38% no dia anterior. No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para maio ficou em 45,41%, contra 45,50% no dia anterior. O índice futuro da Bovespa para maio fechou com 17.400 pontos, o que significa uma estimativa de lucratividade de 35,34% ao mês. Texto Anterior: Capital externo chega a US$ 1,16 bi nas Bolsas Próximo Texto: CVM resiste a projeto da Gazeta Mercantil Índice |
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