São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Negócio tem avaliação de US$ 136 milhões

DO EDITOR DO PAINEL S/A

Um estudo realizado em maio de 1993 pela Ernst & Young avaliou em US$ 136 milhões o "negócio" da Gazeta Mercantil (capitalizado em balanço como a sua "marca").
O relatório é baseado em projeções da empresa e em estudos de mercado da Nielsen Serviços de Mídia. São limitados os dados que sustentam essas estimativas.
Dois consultores visitaram a Gazeta Mercantil e fizeram suas avaliações principalmente a partir de "dados gerenciais".
Não foram analisados, na ocasião, os balanços e as demonstrações financeiras da sociedade. O relatório alega que "mudanças societárias" (com criação de novas empresas e alteração da data do exercício social) dificultaram um estudo desses documentos.
Ao analisar os dados históricos, a Ernst & Young constatou, no período 89/93, "um acréscimo de faturamento menor que o acréscimo de custos".
"Apesar das mudanças societárias e estruturais pelas quais a Gazeta Mercantil vem passando, seus custos não foram reduzidos, pelo menos proporcionalmente às receitas", afirma o relatório.
Mas Levy está otimista com o enxugamento realizado (cortou 310 funcionários, eliminou cinco vice-presidências e reduziu em um terço o número de diretores).
Ele aposta nos planos de expansão com os novos recursos e diz que o projeto foi aprovado em assembléia pelos acionistas antigos. "Nada foi feito à revelia", diz.
Ele admite que havia uma "certa contaminação" dos negócios da família sobre a atividade do jornal. "Mas isso não ocorre mais", diz.
"Hoje o grupo tem dois sócios, eu e meu irmão, Paulo Roberto Levy. Passamos boa parte desse período pagando os passivos das nossas empresas e nos preparando para relançar a Gazeta Mercantil".
Sua visão é de que a "empresa poderia ser rentável se fosse rearrumada para a nova fase".

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