São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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FGV apura deflação de 0,09% em URV

DA SUCURSAL DO RIO

O novo índice criado para medir a variação de preços em URV apurou uma deflação (redução de preços) de 0,09% em abril. Nos quatro primeiros meses do ano a inflação em URV foi de 6,75%.
O IGP1-URV (Índice Geral de Preços) é calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) com base em coletas de preços entre os dias 1º e 30 de cada mês.
"Ainda é cedo para comemorar", alertou o chefe do Centro de Estudos de Preços da FGV, Paulo Sidney de Melo Cota.
Para Cota, os resultados, feitos por solicitação do Banco Central, "ainda não refletem uma tendência". O teste, explica, será após a fase de implantação do real.
O IGP1-URV é composto de 30% pelo IPC1-URV (Índice de Preços ao Consumidor), 60% pelo IPA1-URV (Índice de Preços por Atacado) e 10 % pelo INCC1-URV (Índice Nacional da Construção Civil).
A maior variação mensal –3,81%– ocorreu em março.
Na composição do IGP1-URV foi detectada inflação nos preços da construção civil com 2,43% e nos preços ao consumidor com 1,65%. A deflação foi registrada nos preços por atacado (-1,42%).
IBGE
A inflação de abril medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 42,68%, praticamente estável em relação aos 42,75% de março.
Já o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) registrou em abril uma alta de 42,86%, com queda de 0,29 ponto percentual em relação a março. Os dois índices foram divulgados pelo IBGE.
A diferença do IPCA para o INPC é que o primeiro mede a inflação com base na cesta de consumo de famílias com renda de até 40 salários mínimos e o segundo, com renda de até oito mínimos.

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