São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Schumacher conquista pole provisória

ANDRÉ LAHOZ; CLÓVIS ROSSI
DOS ENVIADOS ESPECIAIS A MÔNACO

O alemão Michael Schumacher, líder do Mundial de Fórmula 1, marcou 1min20s738 na sua 7.ª volta do primeiro dia de treinos classificatórios para o GP de Mônaco, que acontece domingo.
Poderia, tranquilamente, ter ficado por aí, pois a marca já teria lhe assegurado o primeiro lugar. Mas, esbanjando autoconfiança, Schumacher acelerou mais e cravou 1min20s230, duas voltas depois.
Com esta marca, o piloto alemão não apenas confirmou a pole provisória como deixou o segundo colocado, o inglês Martin Brundle, mais de um segundo atrás dele. No mundo da F-1, uma diferença de meio segundo já é considerada enorme. Mais de um segundo, passa a ser humilhação.
Depois das provas, Schumacher disse o óbvio: que havia sido perto de perfeito o desempenho de seu Benetton, com o qual já ganhou os três GPs já disputados.
Na verdade, não tão perfeito. O carro sofreu uma pane no motor e Schumacher teve que utilizar a máquina de seu companheiro de equipe, o finlandês J.J. Lehto.
Faltavam apenas 12 minutos para terminar o período de uma hora, previsto para a formação do grid, mas, mesmo assim, o piloto alemão fez o melhor tempo.
Natural, por isso, que Christian Fittipaldi (11.º com 1min23s588) previsse: "A tendência é o Schumacher liquidar o campeonato bem antes do final da temporada".
O primeiro dos dois treinos oficiais para o GP de Mônaco dá certa razão a Christian. Os perseguidores mais imediatos de Schumacher não foram bem. O inglês Damon Hill, único piloto da Williams após a morte de Ayrton Senna, terminou em sexto lugar (1min22s605). O brasileiro Barrichello ficou bem mais longe (17.º com 1min24s731).
Hill e Barrichello são os vice-líderes do Mundial, com sete pontos cada, 23 atrás de Schumacher.
Mais do que o desempenho do alemão, de qualquer forma, a primeira sessão de treinos impressionou pelos acidentes. Começaram de manhã, nos treinos livres, com o choque que levou o piloto Karl Wendlinger ao estado de coma.
Continuaram à tarde, a ponto de arrancarem "ohs" de espanto até dos jornalistas que viam os treinos na sala de imprensa.
Primeiro bateu o francês Erik Comas, da Larousse, quando já se haviam passado 46min do treino. Ele foi em cima do guard-rail, um pneu voou e a parte traseira do carro soltou-se na pista, levando junto um plástico de proteção.
Dez minutos depois, outro francês, Paul Belmondo, da Pacific, trombou com um guard-rail de um lado da pista e foi devagarinho encostar no guard-rail do outro lado. Os dois nada sofreram.
(ALz e CR)

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