São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Austríaco pode se tornar o líder dos pilotos

ANDRÉ LAHOZ; CLÓVIS ROSSI
DOS ENVIADOS ESPECIAIS

O austríaco Gerhard Berger está muito abalado com a morte de Ayrton Senna. Durante a semana, houve muita especulação sobre sua eventual saída da Fórmula 1.
O piloto da Ferrari convocou a imprensa para desmentir esse rumor, mas confirmou estar muito triste. Depois do treino de ontem, falou à Folha.

Folha - Como você está se sentindo?
Gerhard Berger - Mal. É impossível estar bem após perder dois amigos. Foi uma grande perda para a Fórmula 1.
Folha - O que sentiu ao dirigir o seu carro hoje?
Berger - Sou um profissional. No carro, só penso no que devo fazer na pista. Não posso me distrair.
Folha - Os acidentes dão a impressão que há algo errado na F-1. É também a sua opinião?
Berger - É preciso mudar muita coisa na F-1. Temos amanhã (hoje) uma reunião com todos os pilotos para discutir essas coisas.
Folha - Há algo que você levará à reunião, alguma proposta ou idéia pessoal?
Berger - Tenho muita coisa a dizer nessa reunião, mas não quero adiantar nada agora.
Folha - Especula-se que você poderia ser escolhido para representar os pilotos da F-1, dada a sua maior experiência. O que acha disso?
Berger - Ainda é cedo para dizer. Posso vir a ser escolhido, pode ser que escolhamos outra pessoa. Isso veremos amanhã.
Folha - Como foi o seu treino hoje?
Berger - O carro ainda não está rendendo o que esperávamos. Estamos com mais ou menos os mesmos problemas que já tínhamos. As modificações aerodinâmicas que fizemos não deram os resultados esperados. Além disso, peguei muito tráfego.
(CR e ALz)

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