São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Guerra é um dos temas preferidos nos EUA

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Poucos eventos históricos exercem tamanha atração sobre os norte-americanos quanto a Guerra do Vietnã.
Entre 1º de janeiro de 1961 e 29 de abril de 1975, pelo menos 9 milhões de soldados das Forças Armadas dos EUA serviram no Vietnã. Deles, 48.168 morreram e 153.303 ficaram feridos.
A presença militar norte-americana no Vietnã dividiu o país mais do que qualquer outro problema político desde a Guerra Civil.
Até agora, o assunto ainda provoca celeuma.
O fato de o presidente Bill Clinton ter usado de artifícios legais para escapar da convocação para o Vietnã lhe trouxe problemas na campanha de 1992 e provocou a primeira vaia da sua Presidência, quando foi homenagear as vítimas do conflito em 1993.
O Vietnã inspirou muitos livros e filmes. A autobiografia do veterano Ron Kovic foi transformada em "Nascido em Quatro de Julho" (1989), de Oliver Stone, com Tom Cruise, fita que mostra muitos dos dramas vividos por Puller.
"Amargo Regresso" (1978), de Hal Ashby, com Jon Voight e Jane Fonda (os dois ganharam o Oscar pelo filme), também trata do problema do retorno de veteranos que ficaram inválidos no Vietnã.
Oliver Stone, ele próprio veterano do Vietnã, também fez "Platoon", que ganhou o Oscar de melhor filme e melhor diretor em 1986.
Ele não foi o primeiro diretor a vencer o Oscar com o tema. Michael Cimino, em 1978, com "O Franco-Atirador", também ganhou o prêmio.
Como a sociedade americana, Hollywood também começou apoiando a guerra ("Os Boinas Verdes", de John Wayne, 1968) para depois atacá-la (a maioria dos filmes sobre o tema produzidos a partir de 1975).
(CELS)

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