São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Revisão exclusiva; Educação laica; Fórmula 1; Macunaíma; Impunidade; Idéias em movimento; Prêmio Fachada; Legendas para cegos; Quintana; Os deveres da Previdência; Madonna choca

Revisão exclusiva
"Os editoriais da Folha `Dez anos depois' (24/04) e `Pela revisão exclusiva' (28/04) são dignos dos melhores elogios porque revelam a preocupação desse grande jornal pelos problemas da nação. Principalmente o segundo, em que se propõe `a criação de uma assembléia revisora exclusiva a ser eleita diretamente ainda este ano', consubstancia proposta muito oportuna e inteligente. Apenas a sua eleição `ainda este ano' trouxe-me alguma preocupação, pela escassez de tempo para que todos os segmentos da sociedade possam participar de seu processamento político, depois de ficar sabendo o que é, efetivamente, essa tal de revisão constitucional. Do contrário, será, mais uma vez, apenas a vitória do lobo sobre o cordeiro..."
Tales Castelo Branco (São Paulo, SP)

Educação laica
"A Associação de Vereadores da Região de Catanduva (SP) aprovou o requerimento do vereador Gilmar José Carvalho apoiando o editorial da Folha de 14/04 `Educação laica'. O governo de São Paulo deveria se preocupar com aulas de educação sexual e combate às drogas nas escolas públicas e não com religião, cuja competência é da igreja."
Noe Gomes de Sá, presidente da Associação de Vereadores da Região de Catanduva (Catanduva, SP)

Fórmula 1
"Agora estou entendendo o verdadeiro significado do nome `Fórmula 1'. Certamente porque restará somente um."
José Eduardo Seraphim (São Paulo, SP)

Macunaíma
"Há quase 15 dias não se trabalha neste país. Primeiro a morte do Senna, que, com todo o amor e respeito que temos pelo nosso último herói, não justifica o feriadaço perpetrado pelos nossos governantes. Agora, a irresponsabilidade da CUT promovendo greves injustificadas e politiqueiras que prejudicam, principalmente, o povo e as micros e pequenas empresas. Precisamos trabalhar!"
Antoninha H. Linares (São Paulo, SP)

Impunidade
"Com a absurda absolvição do deputado Ricardo Fiuza pela Câmara dos Deputados, as portas de todas as cadeias deveriam ser abertas para uma grande confraternização da turma."
Gilberto A. Giusepone (São Paulo, SP)

Idéias em movimento
"Já não se aguenta mais esse lenga-lenga de que o candidato Fernando Henrique mandou apagar o que ele havia escrito no passado. Os ensaios e textos do intelectual foram realizados em contexto e época destintos. Tempo em que a falida União Soviética e o regime socialista eram ainda incógnitas para pensadores brasileiros e de todo o mundo. Uma das grandes qualidades de um homem é ter as idéias em constante evolução, característica também fundamental em um estadista. Por isso dou o meu apoio às palavras do candidato. Viva o raciocínio ágil e dinâmico, matéria-prima básica para o sucesso de um país."
Bruno Paes Manso (São Paulo, SP)

Prêmio Fachada
"A CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana), em sua 321ª reunião ordinária, realizada em 25/04, tomou ciência do Prêmio Fachada, a ser promovido pela Revista da Folha, juntamente com o Clube de Criação de São Paulo, com vistas a incentivar os lojistas a procurarem melhores soluções para as fachadas de seus negócios. Deliberou então, por unanimidade de votos, enviar moção de apoio ao concurso, uma vez que essa proposta se casa com os objetivos desta comissão."
José Eduardo de Assis Lefevre, presidente da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (São Paulo, SP)

Legendas para cegos
"Já há algum tempo venho prestando muita atenção às legendas das fotos da Folha. A cada dia dou mais risadas; para não chorar, é claro. Afinal, só mesmo rindo para não acreditar que a Folha considere o seu leitor cego, para não dizer burro. Ora, vejamos: caderno de Esporte de alguns meses atrás, foto do Neto com o dedo no nariz: foto interessante. Legenda: `Neto coça o nariz no treino do Corinthians'. Ah, e daí? Outra: Primeira Página de 10/05, foto do ministro Ricupero tomando café e mostrando uma nota de dez reais. Legenda: `O ministro Ricupero toma café e exibe nota de dez reais ao lado de Pedro Malan, do BC'. Isso eu estou vendo, qualquer um está, e daí? Ora, tenham paciência! É subestimar demais a inteligência e a visão do leitor e a importância da foto na imprensa atual."
Laelya Longo (São Paulo, SP)

Quintana
"Estamos profundamente decepcionados com a imprensa e, em especial, com esta Folha, pelo ínfimo espaço dado à notícia da morte de um dos maiores poetas brasileiros –Mario Quintana. É certo que a semana em que ele partiu foi também a semana da comoção nacional causada pela morte do piloto Ayrton Senna. É certo também que o poeta nunca foi dado a bajulações: dizia mesmo que preferia um atentado a uma homenagem... Mas, pelos poemas que ele nos deixou, pela importância que tem na literatura brasileira e pela pessoa linda e terna que era, Mario Quintana merecia maior reconhecimento. A Folha, se lhe dedicasse maior espaço, poderia ter prestado um grande serviço a seus leitores, ao proporcionar-lhes o prazer de conhecer melhor o grande poeta."
Maria Alice Oliva de Oliveira (São Paulo, SP)

Os deveres da Previdência
"Em atenção ao artigo `Não às subvenções sociais', da vereadora Aldaíza Sposati, publicado na Folha, informo que a Previdência Social não interrompeu a concessão e pagamento da renda mensal vitalícia, auxílio-funeral e auxílio-natalidade, muito embora tais benefícios assistenciais e não previdenciários tenham passado à competência do Ministério do Bem-Estar Social nos termos da lei 8.742 de 7/12/93. A vereadora Aldaíza Sposati foi mal informada em relação às atribuições da Previdência Social, já que não devo atribuir má-fé ou panfletagem às suas considerações."
J. B. Serra e Gurgel, assessor de comunicação social do Ministério da Previdência Social (Brasília, DF)

Madonna choca
"Já há cerca de dois anos, observo que a cada dia este jornal procura captar o desejo dos seus leitores, o que é absolutamente correto. Entretanto, ao que me parece, no seu afã de maior tiragem e maiores lucros, quer atingir a todos, mesmo que nivelando-os por baixo. Assim, algumas das suas reportagens têm cada vez mais beirado o chulo. Ao ver a foto da Madonna na edição do dia 30/04, concluí que o nível do jornal havia ultrapassado o limite inferior que eu poderia suportar. Não considero oportuno abrir um jornal para me inteirar das notícias do Brasil e do mundo e receber ao mesmo tempo agressões vindas do submundo. A meu ver, reportagens do tipo citado são mais adequadas a outros tipos de jornais ou revistas. Assim sendo, deixo o meu protexto, esperando que tenha contribuído para algum dia ver este jornal elevar o nível de suas reportagens, o que me permitiria levá-lo até o meu lar e deixá-lo à disposição também do meu filho de oito anos. Se isto ocorrer, voltarei a ser um seu leitor."
Carlos Adolpho Corrêa Pinto (Belo Horizonte, MG)

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