São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994
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Eletrodomésticos deverão ter selo indicando nível de ruído em 95

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

A partir de 95, os eletrodomésticos à venda deverão vir com o chamado selo ruído, para que o consumidor seja informado do nível de barulho emitido pelos aparelhos.
O programa de etiquetagem está sendo coordenado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e foi discutido na semana passada no Rio.
Depois dos eletrodomésticos, o Ibama quer estender o programa para brinquedos e máquinas em geral. A idéia é fazer com que o consumidor compare preços e ruídos de produtos diferenciados.
O programa está sendo montado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), órgão do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo.
O chefe do laboratório de Ensaios Acústicos do Inmetro, Marco Nabuco, 41, afirma que o consumidor poderá, com o selo, ter noção se está comprando um aspirador de pó mais silencioso.
Segundo ele, o conforto do consumidor é o objetivo central do programa. Para Nabuco, os critérios adotados seguirão normas de países do chamado Primeiro Mundo.
O chefe de laboratório do Inmetro afirma que no Brasil não existe ainda "a cultura do ruído baixo", mas a introdução do selo pode mudar essa realidade.
"Acredito que, a partir do programa de etiquetagem, vamos dar um passo importante para mexer com o emocional das pessoas", diz Nabuco.
Com uma eventual maior exigência do mercado consumidor brasileiro, espera-se que os fabricantes produzam eletrodomésticos bem mais silenciosos.
O Inmetro já está cadastrando os laboratórios –públicos ou privados– capacitados para medir os níveis de ruído dos aparelhos junto aos fabricantes, para a confecção dos selos.
"O interessante é que, com o programa, o Brasil está correndo em paralelo aos países desenvolvidos", diz Nabuco. "Vamos ter que nos submeter às exigências do mercado mundial."

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