São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Arma da secretária é a competência

DENISE CHRISPIM MARIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Duas ou mais secretárias reunidas raramente deixam de tocar em um assunto que é o tormento de suas vidas –os (ou as) chefes.
"A relação entre secretárias e executivos costuma ser estressante", diz Elisabeth Martins Santos, 34, diretora da Benatti Associados, empresa de seleção e capacitação de secretárias.
Segundo Elisabeth, elas frequentemente reclamam de temperamento agressivo, desorganização, ansiedade e falta de cortesia dos profissionais que assessoram.
"Para enfrentar os conflitos com os chefes só há uma saída: a competência", alerta Helenice de Souza Albano, 47, assistente da presidência da Olin do Brasil.
Helenice foi secretária durante nove anos do sócio-presidente de uma empresa paulista. Trabalhava dez horas por dia, memorizou mais de 60 telefones e chorou várias vezes por causa do "sadismo" dele em abarrotá-la de tarefas.
"Com o tempo, fui conhecendo a personalidade dele e passei a escolher a hora certa para tratar de situações difíceis."
Quando o chefe estava de mau humor, Helenice evitava falar diretamente com ele e enviava bilhetes. Se percebia que o prazo de uma tarefa era curto demais, pedia para ele estabelecer as prioridades.
"Nessa empresa, eu executava as tarefas. Hoje, na Olin, eu participo das decisões."
(DCMA)

Texto Anterior: Entendimento substitui conflito
Próximo Texto: Perfil autoritário é banido das organizações
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.