São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994
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Schumacher corre entre a euforia e o temor

CLÓVIS ROSSI; ANDRÉ LAHOZ
ENVIADOS ESPECIAIS A MÔNACO

Michael Schumacher, líder do Mundial de Pilotos, corre hoje o GP de Mônaco dividido entre a euforia e a responsabilidade de comandar os pilotos também na busca por mais segurança.
A sensação de euforia deve-se, como é óbvio, ao desempenho extraordinário de sua Benetton-Ford. "O carro está perfeito", diz o alemão, promovido aos 25 anos à condição de novo ídolo das pistas, o único aliás.
Em Mônaco, especialmente, o vácuo em que Schumacher entrou é nítido e fácil de explicar: é muito recente a ausência dos dois pilotos que venceram os últimos dez GPs desse paraíso do Mediterrâneo.
O brasileiro Ayrton Senna ganhou em 87 e de 89 a 93. O francês Alain Prost venceu os quatro GPs restantes. Prost trocou a F-1 pelos comentários para TV no final da temporada passada.
Com isso, Schumacher, apenas 41 GPs disputados e cinco vitórias, tornou-se o ídolo de turno.
Nota-se a sua nova condição pelo afluxo de alemães ao GP de Mônaco e pela crescente venda de bandeiras da Alemanha, país sem maiores tradições na F-1 (jamais um alemão ganhou o Mundial).
Foi justamente em consequência dessa ascensão que Schumacher ganhou a responsabilidade que serve de contraponto para a euforia.
Escolhido um dos representantes dos pilotos para a recriada GPDA (sigla em inglês de Associação de Pilotos de Grande Prêmio), o alemão debruça-se sobre um tema, a segurança, que parecia totalmente fora de sua agenda.
"Sei que não há respostas para todos os perigos, mas algo tem que ser feito para tornar os carros e os circuitos mais seguros", escreveu para a edição desta semana do jornal "The European".

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