São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994
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Eleições aumentam serviço das gráficas

ROBERTA JOVCHELEVICH
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em um ano eleitoral como este, montar uma gráfica pode ser um bom negócio. A partir de agosto, aumentam as encomendas de "santinhos" (papéis com a foto do candidato) e cartazes.
Uma impressora off-set pequena, por exemplo, produz 6.000 folhas por hora. Em cada folha é possível reproduzir até oito "santinhos". Dá, portanto, para produzir muito em pouco tempo.
Não há necessidade de investir em maquinário novo, pois o desgaste das máquinas gráficas é lento e, em geral, as lojas que vendem equipamento usado dão três meses de garantia.
O investimento para montar um estabelecimento com maquinário usado é de US$ 30 mil. Se a opção for por equipamentos novos, o capital sobe para US$ 100 mil.
O investimento inclui a compra de máquina tipográfica, impressora off-set e demais acessórios -guilhotina (corta as folhas), serrilha (faz picote para destacar o papel), grampeador para talão etc.
O espaço mínimo é de 40 m2. A rua Coronel Antônio Marcelo, no Brás (centro de São Paulo), concentra lojas de revenda de máquinas novas e usadas.
A produção das matrizes que vão ser reproduzidas –fotolito (para off-set) e clichê (para tipografia)– pode ser terceirizada. Em São Paulo, há várias empresas especializadas.
"A vantagem de uma gráfica é que as máquinas nos permitem aceitar uma grande variedade de pedidos", diz Walter Neumann, 64, dono da Gráfica Walter, há 45 anos no ramo.
Há muita concorrência no setor. "Em São Paulo tem mais gráfica do que posto de gasolina", afirma Luiz Antônio Giovanelli, 45, sócio da Centrográfica.
A Centrográfica é especializada em imprimir manuais. "Percebemos uma fatia de mercado", diz Giovanelli.
Para ele, uma gráfica deve aceitar, no início, qualquer serviço. Com o tempo deve procurar uma especialização.
Os serviços mais procurados nas gráficas são os de impressão de cartão de visita, convites de casamento, envelopes e blocos de papel personalizados, talão de nota fiscal, manuais e apostilas.
O preço, segundo os proprietários de gráficas, varia de acordo com a quantidade produzida e se o cliente vai fornecer a matéria-prima –papel, envelope.
Para Antônio Marques, 57, da Kalandra Artes Gráficas, o preço da impressão em off-set deve ser cobrado por milheiro –o mínimo que se deve fazer.

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