São Paulo, domingo, 15 de maio de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pequena empresa de SP exporta "containers"

FEDERICO MENGOZZI

FREDERICO MENGOZZI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Norte-americanos e europeus estão usando um "container" brasileiro para transportar material para análises parasitológicas.
É o Coprotest –no exterior, Para Pak Plus–, desenvolvido e fabricado pela NL Comércio Exterior. A empresa foi fundada em 82 em São Paulo e tem 40 funcionários.
Tradicional importador de produtos e tecnologia na área médica, o Brasil está agora exportando produtos e tecnologia nesse sofisticado segmento através de uma pequena empresa.
A NL exporta o produto para os Estados Unidos e Europa através da Meridian Diagnostics de Cincinnati, Ohio (nordeste dos EUA), e de sua filial em Milão, na Itália.
O Coprotest é uma versão revista e melhorada das anti-higiênicas e pouco seguras latinhas para coleta de fezes para exames parasitológicos.
"O produto não tem similares em todo o mundo e está sendo muito bem aceito nos Estados Unidos", afirma Adolfo Moruzzi, 49, diretor da NL.
O protótipo do "container", feito em polietileno, foi desenvolvido pelo médico Francisco Leôncio Cerqueira.
Cerqueira cedeu os direitos de produção para a NL a partir de 1985. Ele recebe royalties (comissões) sobre cada produto vendido. O preço unitário é de US$ 1.
Para se chegar ao Coprotest vendido hoje no país e, há dois anos, no exterior, o protótipo passou por várias mudanças e atendeu a recomendações de médicos e donos de laboratórios norte-americanos.
A própria NL se encarrega de distribuí-lo no Brasil, além de ser a representante exclusiva da Helena Laboratories, de Beamount, Texas (sul dos EUA), que fabrica produtos para análises clínicas.
O contrato com a Meridian vence no ano 2002. Até lá, a empresa paulista se compromete a enviar um mínimo de 300 mil peças por mês. A capacidade máxima de produção atual é da ordem de 3,5 milhões de peças por mês.
Segundo Moruzzi, o distribuidor norte-americano faz um bom trabalho de colocação do produto no mercado e respeita os direitos de patente.
A NL terceiriza a fabricação de alguns componentes e importa, para reexportar o produto pronto, um item dos Estados Unidos, fabricado em Michigan. É uma tampa em polivinil, que ficaria mais cara se fabricada no Brasil.
A empresa se encarrega da montagem do Coprotest e, recentemente, licenciou a Inplast, de Manaus, que já fabrica o produto com o nome de Total Test, distribuindo-o nas regiões Norte e Nordeste.

Texto Anterior: Melhor ponto é bairro de classe média e alta
Próximo Texto: Eleições aumentam serviço das gráficas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.