São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 1994
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Ônibus deixam de circular na cidade hoje

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DA REDAÇÃO

O prefeito Antonio Palocci Filho (PT), de Ribeirão Preto, suspendeu as aulas na rede municipal de ensino hoje. A medida foi tomada porque a o sistema de trólebus e os ônibus não vão circular.
Segundo Palocci, algumas escolas e creches do município também sofreram danos, principalmente destelhamentos.
Ontem à tarde, o prefeito sobrevoou a cidade em um helicóptero da Polícia Militar de São Paulo. Ele disse que ficou impressionado com os danos causados pelo vendaval e pela chuva de granizo.
Palocci afirma que observou destelhamento de várias empresas, entre elas o depósito da Antarctica e da concessionária Santa Emília.
Segundo ele, ainda não há uma avaliação dos danos causados em obras do município. "Do helicóptero, vi apenas a reforma do pronto-socorro, que aparentemente não foi afetada", disse.
O prefeito afirmou que, na área da Saúde, o maior prejuízo foi a perda de grande quantidade de vacinas, que estavam em geladeiras nos postos da rede. As vacinas perderam a validade porque não podem ficar sem refrigeração.
Segundo Palocci, outro problema que deve afetar a população nos próximos dias será a falta de água. Ontem à tarde, apenas 25 dos 76 poços artesianos da prefeitura estavam funcionando.
Palocci disse não saber avaliar ontem se havia problemas maiores na rede elétrica. Ele afirma que só após a normalização do fornecimento de energia será possível saber se houve danos em bombas que fazem a captação de água.
O prefeito disse que estava jantando na hora em que o vendaval começou. Ele afirmou que, de dentro do restaurante, não avaliou que a situação era tão grave. "Quando saí lá fora é que percebi os estragos", disse.
Depois de sobrevoar a cidade de helicóptero, Palocci assinou o decretro de calamidade pública. Ele disse que pretende iniciar as obras mais urgentes a partir de hoje.
O estado de calamidade pública permite ao prefeito adotar medidas emergenciais sem a necessidade de licitações públicas, cujo processo demora em média quatro meses.
Segundo Palocci, algumas dessas medidas seriam a reconstrução de escolas e postos de saúde destruídos pela chuva.
Além da realização de obras sem licitação, o decreto de calamidade pública permite que o prefeito peça apoio financeiro aos governos federal e estadual.
Até ontem à tarde, Palocci não tinha idéia do montante de recursos que iria pedir ao governo do Estado.
(Cláudia Colucci)

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