São Paulo, sábado, 21 de maio de 1994
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Mulher acusa 4 PMs de terem fraturado seu braço em discussão

DA FOLHA NORTE

A fotógrafa Aparecida Rosa Guimarães Silva, 34, acusou ontem quatro PMs de São José do Rio Preto de terem-na agredido e fraturado seu braço durante uma discussão na noite de anteontem.
Segundo a fotógrafa, que está internada no Hospital de Base de Rio Preto, ela e cinco casais comemoravam seu aniversário na casa do irmão Antônio Poltronieri, na rua Waldemar Sanches, 567.
A vizinha Cristina Lopes, 29, teria então telefonado para a PM para reclamar do barulho. Cristina é mulher do assessor de comunicações da PM em Rio Preto, tenente Azor Lopes da Silva, 29.
Às 23h, um carro da PM chegou ao local. Aparecida saiu da casa e, com o irmão, entrou em seu carro. Os PMs teriam algemado o irmão e a retirado à força de dentro do carro. "Nessa hora senti uma dor forte no braço e disse a eles que estava doendo", disse Aparecida.
A PM nega a versão. Segundo o boletim de ocorrência, os soldados Evanildo Duran Júnior, 23, e Luís César Zanfolini, 31, afirmaram que Aparecida se machucou no retrovisor ao tentar sair do carro.
Os dois foram detidos. Segundo eles, os policiais os prenderam no compartimento de presos de uma Veraneio e ficaram andando pela cidade por cerca de 40 minutos. Depois disso, os dois foram levados ao Hospital de Base.
Um outro caso de agressão policial na região aconteceu em 91. O faxineiro Sidney Brauna de Souza foi preso acusado de desacato e porte de entorpecente. Ele disse ter sido agredido pelos policiais. Em inquérito instaurado ficou comprovada a agressão dos policiais.

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