São Paulo, sábado, 21 de maio de 1994
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Óleo ainda atinge 14 praias do litoral de SP

DA FOLHA VALE

O engenheiro da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) Silvio Bohn, 44, disse que 14 praias que foram poluídas pelo vazamento de óleo do Tebar (Terminal Marítimo Almirante Barroso), em São Sebastião (SP), no último domingo, ainda estão impróprias para o banho.
Para a secretária Municipal de Meio Ambiente de São Sebastião, Regina Paiva Ramos, as praias atingidas pelo óleo já podem ser frequentadas por banhistas.
Uma mancha com aproximadamente 2 milhões de litros de óleo ainda estava em alto mar ontem, perto da ilha de Mar Virado, em Ubatuba.
Segundo o engenheiro Nei Cardoso, 44, do setor portuário do Tebar, a mancha está se dirigindo para alto mar e não deve retornar às praias da região. Ele disse que o óleo deverá se diluir no mar.
Para o biólogo Cláudio Thiago, 35, do Cebimar (Centro de Biologia Marinha) da USP (Universidade de São Paulo), o fato de mais de 80% do óleo que vazou ainda estar no mar representa riscos de contaminação de mais praias.
Segundo Thiago, o Cebimar vai acompanhar diariamente a movimentação da mancha.
Por medida de precaução, a Petrobrás deslocou ontem um equipe para as proximidades de ilha Anchieta, Ubatuba, para continuar o monitoramento da mancha.
Segundo a Petrobrás, já foram recolhidos 500 mil litros dos 2,7 milhões de óleo que vazaram com o rompimento do oleoduto.
A Petrobrás recrutou 400 funcionários para limpar as praias. A retirada do óleo estava sendo feita com rodos e pás. O óleo foi colocado em tambores e levado para uma área nos fundos do Tebar.
A limpeza das costeiras do Guaecá, Barequeçaba e Cigarras ainda não foi iniciada.
A Petrobrás usou também o "peat sorb", produto orgânico do Canadá que absorve o petróleo. O peat sorb é parecido com uma serragem. A empresa investiu US$ 50 mil na compra de cinco toneladas do produto.

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