São Paulo, sábado, 21 de maio de 1994
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Índice da Bolsa mostra pouco fôlego

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As Bolsas de Valores registraram ontem movimento mais forte de venda, após expressivas altas no dia anterior.
O índice Bovespa chegou a ter alta superior a 4%, vindo a recuar no final para uma variação positiva de 1,1%.
O volume de negócios foi de US$ 253,9 milhões, contra US$ 263,0 milhões no dia anterior.
As Bolsas tentaram recuperar os preços deprimidos. O mercado acionário aposta em Fernando Henrique. Pesquisa demonstrando que Lula poderá ir para o segundo turno animou o mercado, mas o índice Bovespa não se sustentou.
As Bolsas devem continuar tendo variações expressivas no dia-a-dia, refletindo as pesquisas eleitorais.
O Banco Central atuou ontem no mercado aberto estabilizando a taxa do overnight (negócios por um dia entre instituições financeiras) em 54,35% até o próximo dia 25.
Os juros dos Certificados de Depósito Bancário mantiveram a equivalência com o dia anterior.
No mercado futuro de Índice Geral de Preços de Mercado estimava ontem inflação de 43,11% para maio, contra 42,88% no dia anterior.
Ontem foi dia de vencimento de opções de ouro na Bolsa de Mercadorias & Futuros. O mercado movimentou 62,4 toneladas de ouro. O recorde anterior foi de 107,2 toneladas no dia 18 de março último.
Os bancos estão utilizando alguns expedientes para aumentar o volume de crédito, antecipando-se de eventual limitação nos empréstimos com a entrada em vigor do real.
Os bancos estão reduzindo, por exemplo, o ganho ("spread") em operações de capital de giro e em conta corrente garantida. Isso fará com que suas carteiras de empréstimos estejam mais inchadas, quando houver a troca da moeda para o real.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,570% no dia 18, projetando rendimento para o mês de 41,29%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 54,31% e 54,35% ao mês por um dia.
CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 45,5139%. CDBs prefixados negociados ontem: de 7.650% a 7.800% ao ano para 31 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 26% a 28% ao ano mais a variação da TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 54,35% a 55,50% ao mês. Para 31 dias (capital de giro): de 7.720% a 8.300% brutos ao ano.
No exterior
Prime rate: 7,25% ao ano. Libor: 4,8125%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 1,1%, fechando com 20.317 pontos e volume financeiro de CR$ 423,54 bilhões, contra CR$ 431,52 bilhões no dia anterior. Rio: elevação de 3,3% (I-Senn), fechando com 75.511 pontos e volume financeiro de CR$ 67,94 bilhões, contra CR$ 50,89 bilhões no dia anterior.
Bolsas no exterior
O índice Dow Jones fechou com 3.766,35 pontos, com alta de 7,37 pontos. O índice Financial Times fechou com 2.472,80 pontos, com queda de 4,6 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.342,17 pontos, com alta de 120,83 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.668,14 (compra) e CR$ 1.668,16 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 1.640,47 (compra) e CR$ 1.640,49 (venda). "Black": CR$ 1.645,00 (compra) e CR$ 1.665,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 1.635,00 (compra) e CR$ 1.645,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 1.590,00 (compra) e CR$ 1.650,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 2,74%, fechando a CR$ 20.600,00 o grama na BM&F.
No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra fechou cotada a 1,5098 dólar, contra 1,5085 dólar no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6465 marco alemão, contra 1,6550 marco alemão no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 104,34 ienes ontem, contra 103,58 ienes no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou em 48,28%, contra 48,23% no dia anterior.
A projeção de juros para junho (mercado DI) era ontem de 47,71%.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para maio ficou em 44,39%, contra 44,30% no dia anterior.
O índice futuro do índice da Bolsa paulista para junho fechou com 27.000 pontos, o que projeta lucratividade de 35,62%.

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