São Paulo, sábado, 21 de maio de 1994
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Impedimento vale mesmo que zagueiro toque na bola

FÁBIO SORMANI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quer uma regra que gera polêmica e confusão entre os torcedores? A número 11, a de impedimento, com quatro itens e uma decisão complementar da International Board.
É comum ouvirmos justificativas para a não-marcação de um impedimento do tipo: "não estava impedido porque a bola bateu no zagueiro adversário e isso tirou o impedimento", ou então: "o atacante não estava impedido porque, apesar de estar atrás do goleiro, havia um zagueiro na linha de gol" –como é o caso do exemplo mencionado no quadro ao lado.
Essas duas justificativas estão erradas.
No primeiro caso, o fato de a bola tocar em um zagueiro adversário não tira o impedimento de ninguém. No segundo caso, é preciso haver dois jogadores entre o atacante e a linha de fundo.
Há casos em que o atacante não estará em impedimento, mesmo havendo apenas um jogador entre ele e a linha de fundo. Vamos lá: a) quando um jogador sair da metade do campo em que encontra o seu goleiro (o seu próprio campo); b) quando receber a bola de um tiro de meta; c) de um escanteio; d) de um lateral; e) bola-ao-chão.
A regra 13, apesar de bem menos polêmica, mostra situações interessantes. Veja só o exemplo: se um jogador em posição de impedimento –dentro da grande área, mas não participando do lance– for agredido por um zagueiro, o árbitro deve ou não dar pênalti? Sim, porque, mesmo em posição irregular, ele não participava do lance, mas a agressão, mesmo que tenha ocorrido fora da disputa de bola, tem de ser marcada.

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