São Paulo, sábado, 21 de maio de 1994 |
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Nick Cave encontra caminho do estrelato
SÉRGIO MALBERGIER
O álbum já é o maior sucesso de vendas da carreira do cantor –compositor australiano, casado com uma brasileira, que divide seu tempo entre uma casa em São Paulo e outra em Londres. Uma porta-voz da gravadora de Cave, a Mute, não quis revelar quantas cópias do disco já foram vendidas. Mas o álbum entrou na lista dos mais vendidos e chegou ao primeiro lugar na parada de "independentes" no Reino Unido. No show de anteontem, as músicas de "Let Love In" dominaram. Vestindo o habitual terninho preto e camisa branca com os botões abertos, Cave disse: "É bom estar de volta". No meio do show, um hippie careca subiu ao palco e distribuiu desenhos de corações vermelhos para os sete membros da Bad Seeds, a banda que acompanha Cave. O cantor nem ligou. Depois de uma hora e meia, a banda saiu do palco, mas o público a obrigou a voltar duas vezes para o bis. Os sinos, as melodias fantasmagóricas, os amores góticos-grotescos de Cave haviam tomado conta do platéia de "alternativos" e eles queriam mais. Tiveram que se contentar com os pôsteres vendidos na saída. É Cave no caminho do estrelato. A turnê começou em 28 de abril na Escandinávia. Já percorreu Alemanha, Hungria e Holanda. Cave ainda vai para boa parte do continente europeu (Eslovênia incluída), antes de participar do "Loolapalooza", o megafestival alternativo dos EUA, em junho. Por enquanto, o Brasil, para shows, não está nos planos do cantor e de sua banda. Texto Anterior: VEJA OS DESTAQUES DO EVENTO Próximo Texto: Richard Rorty dá aula de sobriedade Índice |
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