São Paulo, sábado, 21 de maio de 1994
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Uma estrela que o cinema não conseguiu ter

SERGIO AUGUSTO
DA SUCURSAL DO RIO

Enquanto seu marido transava com atrizes de Hollywood (Marilyn Monroe não foi a única), Jacqueline Kennedy passava para trás, em glamour e fama, quase todas as estrelas do cinema.
Quando deixou de ser primeira dama, um produtor de filmes tentou convencê-la de que ser atriz era o seu destino manifesto.
Ela preferiu ser a primeira dama da ilha de Skorpios. Foi nesse papel que, encarnada por outra Jacqueline (Bisset), Jackie O. debutou na tela, 15 anos depois de ter-se transformado na mais pranteada e sedutora viúva deste século.
Merecia coisa melhor. Além de muito ruim, o filme –"O Magnata Grego" (The Greek Tycoon)– dedicava mais atenção ao seu segundo marido, interpretado por Anthony Quinn, que aliás faria o papel de Sócrates Onassis (sogro de Jackie) no telefilme "Onassis: The Richest Man in the World", produzido em 1988.
Nesse filme, quem roubava a cena era Jane Seymour. Só que, em vez de Jackie O., Seymour encarnava Maria Callas.
Para piorar, Francesca Annis parecia tão desajustada ao papel de Jackie O. quanto Raul Julia no de "homem mais rico do mundo".
Apenas duas vezes Jacqueline conseguiu ser a principal figura de um filme. Ambos feitos para a TV.
O primeiro, "Jacqueline Bouvier Kennedy" (1981), com Jacklyn "As Panteras" Smith, acompanhava sua trajetória desde a infância até o assassinato de Kennedy (James Franciscus).
Igual período percorria a minissérie "Jacqueline" (A Woman Named Jackie), dirigida por Larry Peerce em 1991, que a Rede Globo já exibiu.
Com Roma Downey e William Devane, é melhor não reprisá-la em respeito à primeira-dama.
Minissérie por minissérie, a melhor, de longe, a que Jackie e Jack fizeram jus foi produzida e dirigida por ingleses: "Kennedy" (1983), de Jim Goddard.

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