São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 1994 |
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Sócios dividiam um salário quando lançaram empresa Empréstimo de US$ 10 mil financiou compra de máquinas NEIVALDO JOSÉ GERALDO
Em 1986, ambos estavam bem empregados. Marcelo, engenheiro civil, trabalhava em uma construtra de São Paulo. Angelo, engenheiro de produção, ganhava a vida em uma empresa no Rio de Janeiro. No Carnaval daquele ano, uma viagem a Olinda (PE) mudaria a vida dos dois. Marcelo confessa:"Estávamos bêbados no avião". Segundo ele, há muito tempo discutiam uma fórmula de abrir um negócio. Nesta conversa, a idéia ganhou corpo. Passada a ressaca, resolveram falar sério e toparam enfrentar o desafio. Um empréstimo de US$ 10 mil financiou a compra das sete primeiras máquinas. Angelo deixou seu emprego no Rio, voltou para São Paulo. A Token iniciava as suas atividades. Marcelo se manteve na construtora. Fizeram um pacto: enquanto Marcelo continuasse a trabalhar, seu salário seria dividido ao meio. Metade para ele e a outra parte para Angelo. O capital obtido na empresa seria totalmente reaplicado. Pelo menos durante um ano e meio, eles foram tocando a empresa desta forma. Marcelo, nas horas vagas, auxiliava o sócio. Quando o negócio começou a dar sinais de decolagem, Marcelo também se demitiu. Passou a se dedicar exclusivamente à Token. Começaram tendo como cliente apenas a C&A. Toda a produção da empresa era comprada pela rede. Com a confecção consolidada, lançaram a marca MóBettah e iniciaram a abertura de suas próprias lojas. Mas a vida dos dois não é um mar de rosas. Eles discutem bastante. "Temos uma briga por dia", afirma Angelo. "Nossa amizada é muito grande e baseada na confiança e honestidade mútuas", diz Marcelo. Segundo eles, as diferenças nunca comprometem os negócios.(NJG) Texto Anterior: Supermercados vão adotar URV Próximo Texto: MóBettah quer crescer com franquias Índice |
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