São Paulo, sábado, 28 de maio de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Rasante nas cataratas No fim de 93, o ex-deputado Maurício Fruet tomou um vôo de Curitiba a Foz do Iguaçu. Sentou-se ao lado de um delegado de polícia conhecido pelo apelido de Pato Branco. Cumprimentaram-se e passaram a conversar sobre amenidades. Depois de algum tempo, o avião entrou numa forte tempestade. Pato Branco suava frio e tremia. Fruet notou a situação do companheiro de viagem e não perdeu a chance de se divertir. Velho conhecedor daquele trajeto, Fruet sabia que, ao se aproximarem das cataratas do Iguaçu, os pilotos costumavam sobrevoá-las para dar uma melhor visão aos passageiros. Mas só faziam isso se o tempo estivesse bom. Não era o caso naquele dia. Mas Pato Branco, quase em pânico, não tinha a menor idéia disso tudo. Fruet virou-se para ele: – Pato Branco, vou arrumar um negócio para te distrair. Dito isso, chamou a aeromoça: – Por favor, senhorita, peça ao piloto para sobrevoar as cataratas. O meu amigo aqui quer dar uma olhada bem de perto... O delegado quase prendeu Fruet. Texto Anterior: Minando as bases; Jogando a rede; Otimista; Até a última hora; Calendário collorido; Apelo religioso; Prazo fatal; Emperrou geral; Mudanças à vista; Tentando decolar Próximo Texto: Espaço vazio; Pelo ralo; Encontro dos ex; Próximas vítimas; Sem apoio a FHC; Aparando arestas; Buraco mais embaixo Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |