São Paulo, sábado, 28 de maio de 1994
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CEF deve fechar 162 agências deficitárias

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CEF (Caixa Econômica Federal) está se preparando para fechar 162 agências deficitárias no interior do país, como forma de reduzir custos e preparar a instituição para a chegada do real. A CEF possui 1.800 agências.
Estão sujeitos a demissão 15 a 20 mil estagiários da CEF. Os demais servidores não podem ser demitidos até as eleições, por impedimento da lei eleitoral.
Segundo os estudos do Ministério da Fazenda, a CEF é o banco federal em pior situação e, assim, o que mais corre riscos com os efeitos do real.
Com a queda da inflação, os bancos terão de trabalhar com maior volume de dinheiro em caixa, para atender os clientes.
Hoje a CEF já tem problemas para atender essas operações. Seus limites para cheques especiais e saques eletrônicos são menores que os dos demais bancos.
Outro problema da CEF é a falta de pagamentos em empréstimos para aquisição de casa própria.
Segundo a Folha apurou, as agências deficitárias não serão todas fechadas até 1º de julho. O processo também depende da extinção de agências do Banco do Brasil, que deverá atingir entre 188 e 235 unidades em 5.000.
O governo decidiu que um mesmo município não poderá ter agências fechadas dos dois principais bancos federais. No Nordeste, agências extintas também podem ser incorporadas por unidades do Banco do Nordeste Brasileiro. No Norte, pelo Banco da Amazônia.
Em junho, a Fazenda começará a estudar o fechamento de agências em capitais e grandes cidades. Mesmo que se tratem de agências lucrativas, o governo pretende evitar que unidades do BB concorram com as da CEF.

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