São Paulo, sábado, 28 de maio de 1994 |
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Procuradoria de SP pede prisão do bicheiro Ivo Noal
MARCELO GODOY
O objetivo é fazer com que Noal fique preso até ser julgado como mandante da morte de seu rival, o bicheiro Adílson Ribeiro da Silva, ocorrida em 9 de setembro de 87. O pedido foi assinado pelo procurador–geral de Justiça, José Emmanuel Burle Filho, e pelo procurador Alcir Mena Barreto. Ele é um recurso a uma decisão do TJ-SP. Em agosto de 93, a 3ª Câmara Criminal do TJ-SP concedeu um habeas corpus, por dois votos a um, para Noal. Essa decisão revogou um mandado de prisão contra o banqueiro do jogo expedido pelo 1º Tribunal do Júri, possibilitando que Noal aguardasse em liberdade o julgamento pela morte de seu rival. O pedido de prisão foi entregue no protocolo do TJ-SP. Agora, os advogados de Noal terão um prazo de oito dias para contra-argumentar o pedido de prisão preventiva. Em seguida, o pedido da procuradoria e a defesa do banqueiro do jogo serão enviados ao STJ, que decidirá o caso. Noal afirma ser inocente (leia texto abaixo). O pedido de prisão da procuradoria foi fundamentado nos "péssimos antecedentes criminais do réu" e em uma decisão do STJ. Esse tribunal diz, em sua súmula nº 9, que a prisão preventiva de um réu não fere o princípio constitucional de que todo cidadão é inocente até ser provado o contrário. Segundo a procuradoria, só o réu que é primário e que tem bons antecedentes pode aguardar o julgamento em liberdade. O bicheiro Silva foi morto a tiros, em Santa Cecília (região central de São Paulo). Newton Marques e Gilberto João Motta são acusados de serem os executores. Eles confessaram para a polícia que receberam 300 mil cruzados pelo crime. Ao serem interrogados na Justiça, negaram o crime. Texto Anterior: PC e os índios Próximo Texto: Banqueiro afirma ser inocente Índice |
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