São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994 |
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Briga com a Globo é de 55
FERNANDO MOLICA; TALES FARIA
As acusações de Brizola às Organizações Globo não são novas. Em 21 de outubro de 55, em discurso na Câmara dos Deputados, inclui a rádio Globo e o jornal "O Globo" entre os órgãos que faziam a "pregação ostensiva da violência, do desrespeito às leis". Na época, discutia-se a tentativa da UDN de, com apoio de jornais e rádios, impedir a proclamação da vitória de Juscelino Kubitschek nas eleições presidenciais. Em dezembro de 1988, em entrevista à Folha, Marinho afirma que Brizola o procurara em 1979 propondo que ambos esquecessem o passado. A reaproximação é abalada em novembro de 82: durante a apuração das eleições para o governo do Rio, Brizola acusa a TV Globo de participação em um esquema para fraudar o resultado. No mês seguinte, Brizola visita Marinho e lhe deseja um feliz Natal. A amizade não dura muito tempo. Revoltado com críticas feitas a seu governo, anuncia que iria acabar com o "monopólio" da Globo se eleito presidente. Em 1993, o "Jornal Nacional" divulga reportagem em que mostra Neusa Maria, a Neusinha, filha de Brizola, protagonizando um escândalo no prédio em que morava. Na gravação, Neusinha, aos prantos, dizia –referindo-se a seu pai– que quem não soubera cuidar da família não poderia cuidar do Brasil. No ano seguinte, Brizola obtém na Justiça sua maior vitória: a leitura, no "Jornal Nacional", de sua resposta às acusações de Marinho de que estava senil. Colaborou TALES FARIA, da Sucursal de Brasília Texto Anterior: Brizola tentou luta armada contra militares Próximo Texto: Conflito marca relação com capital Índice |
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