São Paulo, domingo, 29 de maio de 1994
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OLP adota programa e anuncia "governo"

Hanan Ashrawi, ex-porta voz, recusa cargo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) adotou ontem seu programa político para o período de autonomia interina na faixa de Gaza e na região de Jericó, territórios ocupados por Israel desde 1967.
A OLP (Organização para a Libertação da Palestina) anunciou os nomes de 14 "ministros" do "governo", que será chefiado por Iasser Arafat, líder da OLP.
O programa reafirma o compromisso dos palestinos com a paz, mas define Jerusalém como "parte integrante dos territórios ocupados" e precisa que sua liberação é uma das prioridades da ANP.
Arafat colocou em postos-chave do "governo" dois negociadores da paz com Israel. Abu Ala, que negociou o histórico acordo de setembro passado, fica com a pasta de Economia e Comércio.
Nabil Shaath, negociador da implementação do acordo, fica com a pasta de Planejamento e Cooperação Econômica.
Mas Hanan Ashrawi, a ex-porta-voz palestina que deu credibilidade às negociações de paz, disse ontem que não fará parte do "governo". Ela era cotada como "ministra" da Informação.
O grupo radical islâmico Hamas, contrário ao acordo com Israel, se recusou a participar do "governo".
Ainda sobraram oito pastas a ser preenchidas. Pelo acordo, Israel mantém responsabilidade pela Defesa e Política Externa.
A ANP deve tomar posse assim que Arafat for a Jericó, em junho.

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