São Paulo, segunda-feira, 6 de junho de 1994
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Encontro marcado

No final da de 70, o "grupo dos autênticos" do MDB fazia reuniões periódicas para discutir a atuação no Congresso. Certa vez, participou o professor Mangabeira Unger, dono de um sotaque peculiar.
No dia seguinte, um dos participantes da reunião, deputado Marcus Cunha, de Pernambuco, recebeu um telefonema e ouviu a voz de Unger. O professor pedia um encontro no dia seguinte, no cafezinho da Câmara.
Quase ao mesmo tempo, Unger também recebia um telefonema. A voz se identificava como sendo de Cunha. Dizia que tinha "revelações importantes" a fazer. Queria um encontro no dia seguinte, no cafezinho da Câmara.
Quando se encontraram, cada um quis saber a razão pela qual o outro o havia chamado.
– Mas foi você que me convidou –espantou-se Unger.
– Não, foi você que me ligou –respondeu Cunha.
Ao lado dos dois, com um largo sorriso, pedia café um deputado paranaense que participava das reuniões do grupo emedebista. Era Maurício Fruet –um conhecido imitador de vozes.

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