São Paulo, segunda-feira, 6 de junho de 1994
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Faltam médicos em PSs nos fins-de-semana

DA FT

Não havia nenhum médico no Pronto-Socorro da Vila Nhocuné, na zona leste, ontem. Os enfermeiros atendiam apenas alguns casos e encaminhavam os casos mais graves para outros prontos-socorros.
Olga Basso, 37, procurou o PS ontem cedo. Ela dizia estar com fortes cólicas renais. "Não estou aguentando a dor", disse ela, chorando, depois de ficar sabendo que não havia médico no PS.
Faltam também motoristas de ambulância. Há quatro veículos para três motoristas. Outros dois motoristas são diaristas e só trabalham durante a semana.
A estudante Cristiane Freitas, 18, esperou três horas para ser atendida no PS Professor Waldomiro de Paula, de Itaquera(zona leste).
No Pronto-Socorro de Perus, na zona norte, também faltam médicos. Ontem só dois estavam lá. Apenas os casos de emergência estavam sendo atendidos.
"Até o diretor do hospital está atendendo os pacientes", disse uma funcionária da direção, que não quis se identificar.
Na quinta-feira passada, a reportagem da Folha encontrou cartazes na porta do PS avisando que poderiam faltar médicos nos domingos. Os cartazes foram retirados.
Durante a semana, o prefeito Paulo Maluf determinou que o secretário da Saúde, Silvano Raia, tomasse providências para evitar a falta de médicos nos prontos-socorros nos finais-de-semana
Na semana passada, o prefeito mandou punir os médicos que não foram trabalhar no PS de Perus.
Procurado pela reportagem da Folha ontem de manhã, o prefeito Paulo Maluf não foi encontrado.

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