São Paulo, segunda-feira, 6 de junho de 1994
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90% dos que procuram recuperação fumam crack

DA FOLHA NORDESTE

Noventa por cento dos drogados que procuram as casas de recuperação na região de Ribeirão Preto são viciados em crack.
A estatística é dos três principais grupos de ajuda aos drogados: Narev (Núcleo de Apoio e Recuperação da Vida), de Franca, Conexão Paz e Crerp (Casa de Recuperação de Ribeirão Preto), ambas de Ribeirão.
O coordenador do Narev, João Batista Martins, 40, afirma que o consumo de crack vem atingindo pessoas de todas as classes sociais.
O diretor do Serviço de Toxicologia do Hospital das Clínicas de Ribeirão, João Batista Menezes, 38, diz que a Unidade de Emergência do HC atende em média dois casos de overdose de cocaína ou crack por semana.
As duas drogas podem causar infarto, crise hipertensiva, convulsão e derrame no cérebro. "Cheirando, injetando ou fumando, o efeito é o mesmo", diz Menezes.
O psiquiatra Édson Nascimento, 38, assessor técnico da Clínica de Repouso São João Batista, de Brodósqui, atribui o crescimento do consumo de crack ao preço mais baixo que a droga é vendida com relação às outras.

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