São Paulo, segunda-feira, 6 de junho de 1994
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Discos que você talvez queira ter

ANDRÉ FORASTIERI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Sempre em janeiro saem aquelas previsões para o ano que entra -o que vai sair, que artistas estão preparando o quê e tal. Só que muita coisa sempre muda no meio do caminho. Como a gente está chegando ao meio do ano, é hora de rever os lançamentos vindouros.
Primeiro, um julho bom para os dinossauros. Agora sai finalmente aquele disco de tributo ao Kiss -em boa hora para a vinda dos dinossauros "glam" ao festival Monsters Of Rock.
Os Rolling Stones também reaparecem. "Voodoo Lounge" deve trazer o mesmo das tias, mais para ancorar a tour americana dos caras do que para outra coisa (lucro projetado dessa turnê: US$ 115 milhões).
Outros velhinhos de volta: o Traffic. E de uma maneira estranha, os Beatles, com a trilha do filme "Backbeat - Os cinco rapazes de Liverpool" (palmas para o tradutor).
Logo no comecinho de agosto o Skid Row reaparece, assim como o Extreme. Sai uma coletânea do Aerosmith com duas inéditas.
Na praia do metal pesado, tem os novos de Danzig e Suicidal Tendencies/Infectious Grooves (também a tempo para o Monsters Of Rock).
Três bandas que não soltam nada novo faz tempo dão as caras: Spin Doctors, Stone Roses e Primal Scream. E também tem os nacionais Barão Vermelho e Biquíni Cavadão.
Setembro está estranho no cronograma das gravadoras: não ouvi falar de nada que preste -a não ser que você goste dos irmãos Nelson! Não, sacanagem, tem também a volta do Oingo Boingo e a estréia da banda nova do Zakk Wylde, guitarrista do Ozzy, chamada Pride & Glory.
Mas em outubro os pesos pesados entram em cena. Tem Eric Clapton, Elton John, Red Hot Chili Peppers (enfim), Madonna (de novo?) e -opa!- Guns N'Roses!
Sim, Axl e seus amigos alegres não cansam de ganhar dinheiro. Nem posso reclamar, porque pela primeira vez consegui ouvir um disco inteiro dos caras, esse último "Spaghetti" aí. Do jeito que vai vou acabar gostando do Guns... é triste, mas é a vida. De brasileiro, a bola dentro será o novo do Skank.
Em novembro para alegrar o segundo turno teremos L7, Faith No More, Ace Of Base, Engenheiros do Hawaii (todo ano eles lançam, porque não iriam lançar neste?) e Daniela Mercury -goste ou não goste dela, é uma artista pop e deve ser tratada como tal.
A infernal Whitney Houston sai da sua tumba nos infernos para encher o saco do mundo inteiro. E com o Natal se aproximando, sempre rola aquele pega-para-capar entre artistas populares, Roberto Carlos e tal, então o rock & pop vai meio para escanteio.
Fora isso muita coisa vai sair, inclusive de gente hiperfamosa. E dos independentes nem vou falar, prefiro encher a bola caso a caso. Mas já dá para você ter uma idéia do que te espera até 95.
ERREI
Atenção para uma correção importante. Semana passada citei o Bryan Adams como típico artista que toca muito mas não vende nada no Brasil. Era verdade até pouco tempo, mas não no caso desse último disco, que já vendeu 111 mil cópias no Brasil -informação da gravadora do Bryan, a Polygram. Quem manda escrever as coisas sem checar? Apologias a todos.

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