São Paulo, segunda-feira, 6 de junho de 1994
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EUA endurecem com norte-coreanos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os EUA poderão tentar impor sanções econômicas à Coréia do Norte, acusada de desenvolver um programa nuclear militar clandestino, mesmo sem respaldo do Conselho de Segurança da ONU.
A afirmação foi feita pelo secretário da Defesa, William Perry, em entrevista à TV NBC.
Em Tashkent (Uzbequistão), um assessor do presidente da Coréia do Sul, Kim Young-sam, disse que Seul está disposta a impor sanções ao regime norte-coreano.
Rússia e China, que têm poder de veto no Conselho de Segurança, já manifestaram oposição à imposição de sanções a Pyongyang. No Japão, o Partido Socialista (de oposição) se disse contra as sanções, defendidas pelo governo.
O governo sul-coreano quer que a ONU dê um prazo para que a Coréia do Norte abra suas instalações nucleares à inspeção irrestrita por parte da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Sanções seriam impostas se Pyongyang não cumprisse esse prazo.
Técnicos da AIEA já estiveram várias vezes na usina norte-coreana de Yongbyon, mas seu acesso aos equipamentos foi restrito.
No mês passado a Coréia do Norte substituiu o urânio do reator, oportunidade em que poderia desviar material para refinar o plutônio usado em bombas atômicas.
"Não queremos provocar uma guerra", disse Perry, acrescentando que as forças norte-americanas estacionadas na Coréia do Sul (36 mil soldados) são "adequadas".
"Não vamos ceder a uma exigência injustificável sob pressões e não podemos tolerar que nossa soberania seja esmagada", disse ontem o jornal oficial norte-coreano, "Rodong Sinmun".

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