São Paulo, quarta-feira, 8 de junho de 1994
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Prefeituras adiam decisão sobre tarifas

DA REPORTAGEM LOCAL E DA AGÊNCIA FOLHA

A maior parte das prefeituras ainda não decidiu se vai aceitar a proposta de conversão das tarifas formulada pelo governo federal.
Segundo a Folha apurou, há a preocupação entre os secretários municipais de que a recusa possa prejudicar a relação das suas prefeituras com o governo federal.
Em alguns casos, a proposta do governo federal de converter as tarifas de ônibus em URV (unidade real de valor) através da média dos últimos quatro meses poderá ser vantajosa para o usuário.
Se a Prefeitura de São Paulo, por exemplo, convertesse a tarifa usando o mesmo critério utilizado para os salários (que foram convertidos pelos meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro), ela ficaria mais alta.
Caso a prefeitura aceite a proposta do governo federal, a tarifa do ônibus em São Paulo deverá ficar em 0,443 URVs (o equivalente a CR$ 906,54 hoje).
Se for usado o mesmo critério dos salários, a tarifa ficará em 0,456 URVs (CR$ 933,14 hoje). A tarifa cobrada hoje é CR$ 870,00.
Desde que Maluf assumiu a prefeitura, em janeiro de 92, a tarifa de ônibus teve aumento real (descontada a inflação) de 98,45%.
Segundo o prefeito, esse reajuste foi necessário porque a tarifa estava defasada na gestão Erundina.
O critério de conversão que será usado em Salvador vai ser definido no encontro de secretários municipais de transporte que se realiza em Blumenau (SC) amanhã e sexta-feira.
A Secretaria Municipal dos Transportes de Porto Alegre também não definiu o cálculo de conversão do preço das passagens de ônibus urbanos.
O secretário Nazareno Affonso disse ontem que a definição do valor da tarifa em URV depende do resultado da negociação salarial dos rodoviários.

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