São Paulo, quarta-feira, 8 de junho de 1994
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Parreira resolve testar 3 atacantes

FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES
ENVIADOS ESPECIAIS A LOS GATOS

Trinta e um meses depois de assumir a seleção brasileira, o técnico Carlos Alberto Parreira decidiu testar a equipe com três atacantes durante pelo menos 45 minutos. O teste pode ser hoje contra Honduras ou domingo diante de El Salvador, os dois últimos amistosos antes da Copa.
A partida com os hondurenhos começa às 22h (horário de Brasília), no estádio Jack Murphy, em San Diego (cidade localizada no Estado da Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos).
A seleção jogará com dois atacantes no Mundial –Bebeto e Romário. "Mas eu preciso saber como se comportará quando, caso precise, eu colocar um terceiro", afirmou o treinador.
O terceiro atacante será Muller. Na Copa ele ficará na reserva. "Eu o escolhi porque está em boa fase e já disputou dois Mundiais pela seleção", disse Parreira.
Muller entrará no lugar de um dos quatro jogadores de meio-campo (Mauro Silva, Dunga, Raí e Zinho), de acordo com o técnico.
Ele voltou a dizer que considera um suicídio começar as partidas com mais de dois atacantes.
"Rússia e Noruega só têm um no ataque". O técnico nunca testou o time com três atacantes.
Haverá "três ou quatro" substituições hoje. Parreira afirmou que o meia Mazinho deverá entrar no segundo tempo, como no empate de domingo contra o Canadá.
O zagueiro Ricardo Rocha, com dores musculares na coxa direita, pode ser substituído por Aldair.
O lateral-esquerdo será Leonardo –Branco, contundido, só iria voltar aos treinos ontem às 21h30 (em Brasília) na Universidade de Santa Clara (na Califórnia).
Reunião noturna
Parreira e os outros membros da comissão técnica se reuniram com os jogadores e os `espiões' Jairo dos Santos e Júnior anteontem.
O treinador negou, mas a Folha apurou que foi exibido vídeo com lances da partida de domingo.
Ele pediu "paciência" para tocar a bola quando houver marcação forte como a canadense.
Também pediu empenho. "Eles mostraram que não basta a nossa técnica, precisamos ter garra."
Parreira se irritou com as perguntas sobre a reunião noturna. "É coisa interna, não falo mais sobre isso, acabou, ponto final."

LEIA MAIS sobre a Copa nas páginas 2 a 5 e 8

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