São Paulo, quarta-feira, 8 de junho de 1994
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Comunicação é barreira maior para patrocínio

EDUARDO SIMANTOB
DA REDAÇÃO

Produtores culturais e empresas privadas não falam a mesma língua. Essa é, basicamente, a conclusão de uma pesquisa realizada entre março e maio deste ano pelo Sesc e Sebrae, com o objetivo de identificar os critérios de decisão sobre patrocínios culturais.
Os resultados serão apresentados hoje e amanhã num seminário fechado para produtores culturais, executivos de marketing e comunicação empresarial, e dirigentes de instituições governamentais.
O produtor Yacoff Sarkovas, diretor geral do projeto, adianta que a pesquisa revelou um campo bastante vasto para parcerias entre empresas e projetos culturais.
Atualmente, o patrocínio é bancado pelas áreas corporativas (institucionais) das empresas, e não pelas de marketing, que concentram maiores recursos.
Segundo Sarkovas, o principal obstáculo é a comunicação. Os projetos que chegam aos analistas de marketing carecem de uma formatação mercadológica.
Essa formatação inclui dados de interesse para a empresa patrocinadora, como público-alvo e previsões de custos e retorno acuradas.
Outra revelação importante da pesquisa é o fato de que as leis de incentivos fiscais não estimulam o patrocínio.
"Nesse sentido, elas têm toda a razão", diz Sarkovas. No entanto, algumas dizem que o desconto fiscal não é satisfatório e, nesse ponto, elas estão enganadas.
As leis Rouanet (federal) e Mendonça (municipal - SP) podem ser aplicadas com descontos de até 70% do valor investido.

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