São Paulo, quarta-feira, 8 de junho de 1994 |
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Joe Pesci aumenta sua galeria de tipos hilariantes com "The Super"
ÉDSON FRANCO
Relaxado, Pesci não atende as reivindicações básicas dos moradores como luz e água. Por este desleixo, ele é levado a julgamento. Sua pena é viver 120 dias em um dos apartamentos do prédio. E é aí que a graça começa. Os conflitos do burguês branco –que tem até uma academia de ginástica em um dos quartos de sua mansão– obrigado a viver entre cafetões, traficantes e rufiões são ideais para a hilaridade de Pesci. É um humor feito do domínio das feições faciais. Sem parecer caricatural, Pesci faz rir quando vê seu carro depenado, se depara com um rato ou constata que a água de seu vaso sanitário não pára de transbordar. O maior mérito do filme é conseguir fugir do maniqueísmo óbvio que o roteiro sugere. Não existem vítimas em "The Super". Se Pesci é o explorador da miséria alheia, seus inquilinos também não perdem a chance de aplicar golpes no proprietário do imóvel e até em seus próprios vizinhos. No mais, o filme ilustra até qua ponto podem chegar as relações no mundo do inquilinato. É diversão certa para os locatários e advertência séria para os locadores. (Edson Franco) Vídeo: The Super Elenco: Joe Pesci Distribuidora: Abril Vídeo (tel. 011/832-1555) Texto Anterior: Surrealismo de butique afunda o sonho americano de Kusturica Próximo Texto: Já sei! Vou votar no Omar Keteiro! Rarará! Índice |
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