São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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'Bactéria assassina' inquieta americanos

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Sete casos nos últimos três dias de infecção por bactéria que destrói a pele dos pacientes com grande velocidade tem provocado ondas de telefonemas a hospitais e centros de pesquisa dos EUA.
Apesar do sensacionalismo com que tem sido noticiada, a bactéria que "come tecidos" não é nova nem desconhecida dos médicos.
Trata-se de uma forma aguda de estreptococo, similar à que no século 19 e início do século 20 provocou epidemia de febre escarlatina no país.
Os cientistas contestam a versão de que a bactéria "come tecidos". Na verdade, ela os envenena e causa sua morte.
Entre 500 e 1.500 pessoas por ano são infectadas com esse tipo de estreptococo. As formas brandas da bactéria infectam de 10% a 15% dos norte-americanos todos os anos.
Os centros de estudo de doenças infecciosas vêm registrando aumento do número de casos similares a febre escarlatina desde o final dos anos 80.
Nada se compara com o que ocorreu de meados do século 19 a 1920, quando, por razões desconhecidas, a escarlatina praticamente desapareceu do país.
A contaminação ocorre por meio de cortes ou feridas na pele. Se identificada logo, a infecção pode ser combatida com penicilina. Caso contrário, avança rapidamente, não tem remédio e provoca morte.
Alguns episódios noticiados por jornais depois que casos similares foram registrados no Reino Unido provocaram pânico em grandes cidades dos EUA.
Mas os médicos dizem não haver razão para alarme.
Flórida, Nova York e Connecticut, todos na costa leste do país, foram os Estados em que esses casos foram registrados.
A pessoa mais famosa morta por essa bactéria nos últimos anos foi Jim Henson, o criador do "Muppet Show".
No caso dele, a infecção começou com uma forma branda de estreptococo que lhe atacou a garganta e depois evoluiu para a do tipo que provoca a febre escarlatina.

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