São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994
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Ney Matogrosso encerra temporada em SP

CELSO FIORAVANTE
DA REDAÇÃO

Show: As Aparências Enganam
Cantor: Ney Matogrosso
Músicos: grupo Aquarela Carioca, formado por Marcos Suzano (percussão), Lui Coimbra (cello e violão), Paulo Brandão (baixo e violão), Paulo Muylaert (guitarra e viola) e Mario Sevè (sopros)
Onde: Olympia (r. Clélia, 1517, tel. 011/252-6255, Lapa)
Quando: de hoje até o dia 19; sexta e sábado, às 22h30, e domingo, às 21h
Quanto: CR$ 20 mil (setor B), CR$ 25 mil (setor C), CR$ 30 mil (setor A), CR$ 40 mil (setor VIP) e CR$ 50 mil (camarote)

Ney Matogrosso promete para este e para o próximo fim-de-semana os últimos seis concertos de seu show "As Aparências Enganam" no Brasil, no qual é acompanhado pelo grupo de músicos da Aquarela Carioca.
O show está há dois anos e meio em temporada pelo país e pelo mundo e é com frequência intercalado com o recital que apresenta com o violonista Rafael Rabello.
Depois desta temporada, Ney apresenta o concerto em turnê européia (inclusive no festival de jazz de Montreux) e dá um tempo para pensar o próximo trabalho.
O repertório é dos mais variados, com a presença dos dois compositores preferidos do cantor (Chico Buarque de Hollanda e Caetano Veloso), além de Milton Nascimento, Luli e Lucina e Alceu Valença. "Tem também algumas cirandas pernambucanas", ressalta o cantor.
Ney nega que a inclusão das três canções tenham a intenção de contentar o público que ainda se lembra dele como vocalista do grupo Secos e Molhados e explica que enquanto "O Patrão..." foi um pedido dos músicos, "Sangue Latino" é um hit do público.
"Estou em carreira solo há vinte anos e não acredito que o público ainda me ligue aos Secos e Molhados, apesar de ter o maior orgulho de ter sido parte do grupo e de sentir que o público sempre vibre quando canto `Sangue Latino'. Ela é mais visceral mesmo".
A canção marca uma passagem no decorrer do concerto. A partir dela, ele adquire um caráter mais rítmico. "É o momento em que saio do centro do palco e começo a me mexer mais", disse.
O cantor deixa explícito sua vontade de manter "Rosa de Hiroshima" em seu repertório, apesar de ela –já nos tempos dos Secos e Molhados– ter sido uma canção polêmica.
"Isso era uma bobagem, uma tolice, pois a música é sucesso até hoje. Não contei isso, mas durante uma passeata em Portugal contra a energia nuclear, o que era cantado era `Rosa de Hiroshima'. Já no Secos e Molhados era a canção que eu mais gostava de cantar", disse.

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