São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994
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Governo diz que mortos podem ser mais de 1.000 na Colômbia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo da Colômbia anunciou que pode passar de mil o número de mortos deixados pelos deslizamentos de terra e lama que soterraram 15 vilarejos do sudeste do país na terça-feira.
O presidente Cesar Gaviria decretou "estado de emergência econômica e social" por causa da tragédia, aparentemente causada por um terremoto ocorrido na véspera.
O número de mortos oficialmente reconhecido é 253, com 71 desaparecidos, mas moradores do vale do Paez, 290 km a sudoeste de Bogotá, têm afirmado que o número de vítimas é muito maior.
"Quando eu disse que 200 pessoas haviam morrido, o governo afirmou que eu estava exagerando. Agora estou dizendo que mais de mil morreram –e vocês vão ver que eu não estou exagerando", disse o bispo Jorge Garcia.
A União Européia destinou US$ 805 mil à ajuda às vítimas do terremoto e dos deslizamentos na Colômbia –US$ 575 mil para as entidades francesas Médécins du Monde e Médécins sans Frontières e o resto para a Cruz Vermelha.
"O pior, naquela noite, foram os tremores secundários (ao terremoto), que provocaram deslizamentos contínuos", disse o professor Hugo Dorado, 34, em Toez, uma das aldeias atingidas.
"Não temos esperança, Tudo o que tínhamos se foi. Não temos comida nem roupas. Não sabemos o que fazer", disse Jorge Antonio Ocampo, 31, na fila para ser resgatado por um helicóptero.
Juan Manuel Uribe, do Departamento de Prevenção de Desastres, afirmou que o difícil acesso à área e a dispersão da população local dificultam os trabalhos de resgate e ajuda às vítimas.

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