São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 1994
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Otan recusa relações especiais com a Rússia e insiste na Parceira pela Paz

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Chanceleres dos países da Otan reunidos em Istambul (Turquia) rejeitaram ontem o pedido russo de }relação especial com a aliança militar liderada pelos EUA.
Os ministros de Relações Exteriores insistiram em que a Rússia entre para a Parceira pela Paz –acordo militar oferecido aos países do antigo bloco soviético.
O governo russo havia pedido à Organização do Tratado do Atlântico Norte o estabelecimento de relações especiais formais.
Os países do Leste Europeu acham que essas relações poderiam significar direito de veto russo à sua entrada na Otan.
O subsecretário-geral da Otan, Sergio Balanzino, disse que o estabelecimento de relações especiais formais era impossível.
Mas, a Otan informou que poderá manter conversações informais com a Rússia sobre assuntos como armas nucleares e a situação na Bósnia.
Em troca destas consultas, a aliança ocidental se compromete a manter a Rússia informada sobre as suas decisões.
Essa política está sendo chamada de }sem vetos, sem surpresas. Os russos não vetariam a entrada de membros na Otan e esta informaria os russos de suas decisões.
}É um sinal de que não queremos deixar a Rússia isolada, disse o chanceler francês, Alain Juppe.
Segundo o chanceler britânico, Douglas Hurd, a decisão da aliança ocidental reflete o relacionamento }único e particularmente importante da Rússia com a Otan.
Na reunião de ontem, os chanceleres também prepararam resoluções pedindo a conclusão de um acordo de paz na Bósnia.

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