São Paulo, domingo, 12 de junho de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Apoio a Sarney rendeu concessões de rádio e TV
CLÁUDIA TREVISAN
A maioria dos evangélicos estava no primeiro mandato e foi eleita por partidos conservadores. Votavam de forma uniforme em questões comportamentais e morais. Em questões políticas, havia a dissidência de seis parlamentares identificados com partidos de esquerda ou centro esquerda. Praticamente todo o restante da bancada se aliou ao "Centrão" e apoiou teses conservadoras. Muitos adotaram um comportamento fisiológico, de troca de favores com o governo federal, principalmente a concessão de canais de rádio e televisão. O deputado federal Mateus Iensen (PSD-PR) foi o autor da emenda que deu cinco anos de mandato ao ex-presidente José Sarney. Queda Nas eleições seguintes, em 1990, a bancada evangélica caiu de 34 para 25 deputados. No impeachment de Fernando Collor de Mello, a maioria da bancada demorou a se definir pela cassação do ex-presidente, como mostra pesquisa feita pelo sociólogo Paul Freston com base no placar publicado pela Folha. Em agosto de 92, 52% dos parlamentares já havia decido votar a favor do impechment. Quando a pesquisa se restringia aos evangélicos, o percentual caía para 31%. No escândalo da CPI do Orçamento também houve envolvimento de evangélicos. O deputado Manoel Moreira (PMDB-SP), da Assembléia de Deus, renunciou antes de sua cassação ser votada pelo Congresso. O deputado João de Deus Antunes (PPR-RS) foi acusado, mas inocentado pelo plenário. Antes disso, o deputado evangélico Itsuo Takayama (MT) havia sido cassado sob acusação de ter aceito dinheiro para se filiar ao PSD.(CT) Texto Anterior: Evangélicos querem duplicar a bancada Próximo Texto: A BANCADA EVANGÉLICA Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |