São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 1994
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Parreira hesita em definir o lateral-esquerdo titular

JOÃO MÁXIMO
ENVIADO ESPECIAL A FRESNO

Parreira hesita em definiro lateral-esquerdo titular
Treinador se diz 'preocupado' em escolher entre Branco e Leonardo
Carlos Alberto Parreira começa a enfrentar hoje, a uma semana da estréia do Brasil na Copa do Mundo, aquela que ele considera sua mais difícil decisão em três anos como técnico da seleção brasileira: manter Branco, 30, como titular da lateral esquerda ou escalar ali o até aqui reserva Leonardo, 24.
Nem mesmo o "caso Romário" (não o convocar para o início das eliminatórias do ano passado e chamá-lo de surpresa para a final com o Uruguai) o preocupou tanto.
"Branco é um jogador muito importante, pelo futebol que joga e pela experiência de duas Copas", diz Parreira deixando claro que só não escalará o jogador contra a Rússia por problemas físicos.
Parreira faz questão de reafirmar que isso não invalida a admiração que tem por Leonardo. "Só lamento que não possamos fazer mais um ou dois amistosos antes da Copa, pois neles poderia testar Leonardo no lugar de Zinho. Seria uma excelente opção tática."
A preocupação com Branco não chega a tirar a tranquilidade do técnico. Na verdade, ele diz que, desde a concentração para as eliminatórias do ano passado, em Teresópolis, jamais dormiu tão bem ou se viu tão livre de tensões.
"Não tome meu estado de espírito como um desligamento", observou. "É apenas a leveza de uma consciência muito tranquila."
O técnico falou à Folha às 7h de ontem, no saguão do Holiday Inn, em Fresno, quando o restante da delegação ainda não havia descido para o "breakfast" antes do amistoso com El Salvador.
"Trouxe um punhado de comprimidos para me ajudar a dormir nos EUA, mas até agora não precisei deles", afirmou o técnico.
"Ontem me preparei para assistir pela TV ao filme "Blue Chips". Mas caí no sono, antes das 23h, e só acordei agora. Há muito tempo que não durmo tão bem", disse Parreira.
No saguão quase vazio (onde procurava por um telefone para ligar para a mulher, Leila, no Rio, pelo dia dos namorados), Parreira atribuía muito de sua tranquilidade atual ao grupo que dirige: "Um grupo maduro e vencedor".

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