São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994 |
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Revelações podem tomar lugar de estrelas
ANDRÉ FONTENELLE
A lista começa pelo Brasil, que deu a Romário a pesada de responsabilidade de marcar gols que levem o Brasil ao sonhado tetracampeonato. Na Itália, Roberto Baggio venceu uma pesquisa entre cem jornalistas do país, organizada pela revista italiana "Guerin Sportivo", sobre quem será o melhor jogador nos EUA. Nessa pesquisa, Roberto Baggio teve 34 votos, contra 21 de Romário, 7 do colombiano Faustino Asprilla e 5 de outro colombiano, Freddy Rincón. Os brasileiros Cafu, Raí e Bebeto também receberam votos. Dois veteranos são candidatos a estrela da Copa, o argentino Diego Maradona e o alemão Lothar Matthaus. Maradona retornou à seleção argentina para ajudá-la a se classificar para o Mundial. Estava completamente fora de forma e ainda não mostrou o futebol de antes, a não ser por alguns bons lances em amistosos. Mesmo os argentinos estão divididos quanto à real necessidade da presença do jogador na seleção de Alfio Basile. Matthaus disputará seu quarto Mundial com uma nova função: o técnico Berti Vogts o deslocou da meia para a posição de líbero, atrás dos zagueiros. Jogando assim, Matthaus foi campeão alemão deste ano, pelo Bayern de Munique, comandado por Franz Beckenbauer. Outro jogador cotado como possível estrela é o holandês Dennis Bergkamp, que está em boa fase na Internazionale de Milão (Itália). Surpresas Muitos outros jogadores, no entanto, merecem a atenção do público neste Mundial. Assim como o camaronês Roger Milla ou o italiano Salvatore Schillaci na Copa de 90, eles podem roubar a cena das estrelas. Entre esses nomes, está o brasileiro Ronaldo, 17, que recebeu espantosos cinco votos na enquete da "Guerin Sportivo" sobre a provável estrela da Copa. A lista de jogadores que podem surpreender é extensa. Inclui atletas que não estão na lista de países favoritos. O atacante Yekini, da Nigéria, é um deles. Foi artilheiro em Portugal, onde joga no Vitória de Setúbal, nas eliminatórias africanas e na Copa da África, vencida por seu país este ano. A dupla Brolin e Dahlin, da Suécia, também é candidata a um bom papel na Copa. Os dois são o que de melhor apareceu no país nos anos 90. Signori, da Itália, ameaça fazer sombra a Baggio. Foi artilheiro na Itália, jogando pela Lazio. Overmars, da Holanda, foi o destaque de sua seleção nos últimos amistosos, em especial na vitória por 3 a 0 sobre o Canadá, em que deu o passe para um gol e marcou o outro. O romeno Hagi, que joga no Brescia (Itália), é outra possível estrela. Capitão da equipe, chuta bem a gol e é bom cobrador de faltas. Outros jogadores que podem surpreender são Chapuisat (Suíça), os meias Moeller (Alemanha), Guardiola (Espanha), e Scifo (Bélgica) e o experiente líbero Bratseth (Noruega). Goleiros Entre os goleiros, atenção para as atuações do polêmico Jorge Campos, do México. Seu estilo, com constantes saídas do gol, lembra o estilo do colombiano René Higuita na Copa de 90. Erik Thorstvedt, da Noruega, que joga no futebol inglês, é outro goleiro acostumado a defesas que parecem impossíveis. (AFt) Texto Anterior: EUA querem apenas chegar até a segunda fase da Copa Próximo Texto: Um jogador disputou Mundial da Argentina Índice |
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