São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994
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Emissoras preparam 'guerra de guerrilha'

ROGERIO SCHLEGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

As emissoras travam nesta Copa uma "guerra de guerrilha". Como a imagem das partidas será basicamente a mesma para todas, porque gerada em forma de pool, as redes brasileiras investem em detalhes que possam diferenciar sua cobertura.
A Globo decidiu combater suas concorrentes em todas as frentes. A emissora investiu em tecnologia e também em aspectos "alternativos" da cobertura, como o humor.
Bandeirantes e SBT apostam no volume de jogos e no brilho de seus comentaristas para enfrentar a emissora do Jardim Botânico.
A Globo promete imagens exclusivas com quatro câmeras: uma junto à torcida, duas no nível do campo e outra no alto do estádio.
A emissora anuncia o uso de câmera lenta com qualidade comparável à do cinema e de um recurso chamado "touch screen", que permite "desenhar" sobre a imagem congelada, para ajudar os comentaristas na discussão das jogadas.
O SBT espera atrair audiência com os comentários de Orlando Duarte, Telê Santana e Carlos Alberto Silva.
Jô Soares reforça o time da casa. Durante a Copa, "Jô Soares Onze e Meia" muda de nome e de país.
Passa a se chamar "Jô na Copa" e a trazer entrevistas com personalidades norte-americanas e brasileiras que estejam nos EUA.
O programa só será ao vivo em dias de jogo do Brasil, quando vira uma mesa-redonda sobre a partida. "Jô na Copa" será transmitido às 23h30 (horário de Brasília).
A Bandeirantes joga suas fichas na cobertura extensiva. É a que mais jogos ao vivo vai transmitir (veja quadro nesta página).
A CNT/Gazeta, que não transmite as partidas, mandou para os EUA o jornalista Marcelo Tas, como o personagem Ernesto Varela.
Tas é conhecido por fazer "reportagens" nada ortodoxas, num estilo que depois foi adotado pelo "Programa Legal", da Globo.
Mesmo nesse front a Globo prepara o contra-ataque, com a equipe de "Casseta & Planeta".
Os humoristas vão abordar aspectos acessórios da competição. (Rogerio Schlegel)

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