São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bancos elevam taxas de juros dos CDBs

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O governo reavaliou a expectativa de inflação para junho embutida na variação da Unidade Real de Valor de 45% para 45,5%.
O mercado futuro de juros (Depósito Interfinanceiro) trabalhava ontem com uma expectativa de rendimento acumulado para este mês de 47,98%, contra 47,86% na véspera.
A taxa média dos Certificados de Depósito Bancário com indexação pela Taxa Referencial passou de 13,5% para 14% ao ano.
O índice de preços da Bolsa de Valores paulista praticamente manteve o valor do dia anterior US$ 13,73. Segundo analistas, o mercado trabalha com uma resistência à alta a US$ 14,80 e suporte de baixa a US$ 13,40.
O indicador da Bolsa paulista subiu 1,7% e o da congênere carioca (Senn) valorização de 1,2%. As Bolsas estão no aguardo da entrada em vigor do real.
Os analistas acrescentam que as Bolsas estão dependentes dos resultados das pesquisas eleitorais.
O vencimento do índice Bovespa futuro na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) foi ontem tranquilo.
O vencimento do mercado futuro de ouro será na próxima sexta-feira. O volume de negócios já começou a crescer, passando de 2,26 toneladas no dia anterior para 3,69 toneladas ontem.
O presidente da Bolsa de Mercadorias & Futuros, Manoel Pires da Costa, apresenta hoje na Receita Federal sugestões para viabilizar o mercado futuro agrícola.
O mercado aguarda com expectativa também a revisão dos impostos que incidem sobre as aplicações financeiras, de forma a impedir a continuidade da concentração dos recursos dos investidores nas cadernetas de poupança. Os bancos já estão até mesmo realizando limitações aos depósitos nas cadernetas.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 1,678% no dia 13. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros variaram entre 58,05% e 58,09% ao mês.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem dia 16 rendem 50,2274%. As taxas dos CDBs de 30 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 8% e 15% ao ano. As taxas dos CDBs em URV variaram entre 58% e 65% ao ano, contra 50% e 60% ao ano no dia anterior.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: variaram entre 58,10% e 59,00% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 65% e 90% ao ano em URV.

No exterior
Prime rate: 7,25% ao ano. Libor: 4,8125%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 1,7%, fechando com 30.697 pontos e volume financeiro de CR$ 354,760 bilhões, contra CR$ 478,125 bilhões no pregão anterior. Rio: alta de 1,2% (I-Senn), fechando com 119.506 pontos e volume financeiro de CR$ 54,699 bilhões, contra CR$ 29,817 bilhões no dia anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3790,41 pontos, contra 3.814,63 pontos no dia anterior. O índice Financial Times da Bolsa de Londres fechou com 2.399,30 pontos, contra 2.397,00 pontos no dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 21.282,96 pontos, contra 21.353,97 pontos no dia anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 2.235,49 (compra) e CR$ 2.235,51 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 2.195,97 (compra) e CR$ 2.195,99 (venda). "Black": CR$ 2.250,00 (compra) e CR$ 2.270,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 2.200,00 (compra) e CR$ 2.210,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 2.175,00 (compra) e CR$ 2.235,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 2,55%, fechando a CR$ 27.720,00 o grama na BM&F, movimentando 3,69 toneladas de ouro, contra 2,26 toneladas no dia anterior.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada a US$ 1,5195, contra US$ 1,5185 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6348 marco alemão, contra 1,6450 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 103,03 ienes, contra 102,88 ienes. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 386,80, contra US$ 384,20 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para junho fechou em 47,98%.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para junho ficou em 42,18%, contra 42,04% no dia anterior.
O índice Bovespa futuro fechou a 30.900 pontos. O índice Bovespa futuro em URV fechou a 14,70 pontos, projetando rentabilidade de 3,38% ao mês.

Texto Anterior: Duas ameaças ao Real
Próximo Texto: Sindicalista pede investigação
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.