São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994 |
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EUA querem embargo de armas
FERNANDO CANZIAN
A proibição contra o comércio de armas será a medida inicial de maior impacto para tentar obrigar o país a abrir suas instalações nucleares a inspeções internacionais. O governo norte-coreano anunciou oficialmente ontem, em fax enviado à ONU, que não faz mais parte da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), órgão responsável pela fiscalização de atividades nucleares. O ministro do Exterior da Rússia, Andrei Kozyrev, disse ontem que seu país concordaria com as sanções contra o governo de Pyongyang caso a retirada da AIEA fosse concretizada. A embaixadora dos EUA na ONU, Madeleine Albright, iniciou ontem consultas aos países membros do Conselho de Segurança para aprovar o embargo. A medida valeria após 30 dias desde a sua aprovação. Outras medidas da primeira fase, que poderão ser seguidas por um total embargo comercial e financeiro, são: corte de ajuda técnica e científica, fim de financiamentos da ONU e de suas agências e diminuição das representações diplomáticas na Coréia do Norte dos países membros do Conselho de Segurança da ONU. O presidente do EUA, Bill Clinton, disse que será "muito firme" ao impor essas medidas. "O embargo é um passo alternativo". Ele explicou que os EUA deixam aberta a possibilidade de a Coréia do Norte concordar com inspeções e evitar sanções. A decisão de dar um prazo de 30 dias e adotar medidas "amenas" contra a Coréia do Norte visam conquistar o apoio da China para que vote a favor das sanções. A China é o maior aliado dos norte-coreanos e tem poder de veto nas decisões do Conselho de Segurança da ONU. Próximo Texto: Carter encontra líder norte-coreano Índice |
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