São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994
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Basta à impunidade; TV estatal do Lula; Explosão de mortalidade; Exército nas ruas; Protestantismo no Brasil; Conquista do basquete; Faces da violência; O plano real; Ataques ao PCdoB; Rádios livres; Memória; Preços nas embalagens; Monopólio do petróleo

Basta à impunidade
"Novamente o crime organizado manifesta-se sobre lideranças sindicais e de direitos humanos. Os assassinatos do casal José Luís e Rosa Sundermann, dirigentes da Fasubra, e de Hermogenes Tinho e Reinaldo Guedes Miranda, do Movimento Negro Unificado e da Comissão de Direitos Humanos, revelam os limites do Estado de Direito, da impunidade institucional e da farsa da modernidade no país. Notícias sobre a livre circulação dos assassinos de Chico Mendes, da impunidade dos assassinos de padre Josino e demais líderes das causas populares são razões diretas para a continuidade do processo de desrespeito aos valores da justiça, das liberdades e da integridade institucional. Neste momento em que discursos neoliberais ocultam os milhares de indigentes, famintos e analfabetos, faz-se urgente conclamar a sociedade civil organizada a manifestar-se fortemente em defesa daqueles que não têm canais de manifestação pública."
Zilda Márcia Gricoli Iokoi, pelo Fórum das Seis Entidades das universidades estaduais paulistas (São Paulo, SP)

TV estatal do Lula
"Fantástico o artigo de Roberto Muylaert `A TV estatal do Lula' (14/06). Sou fã confesso da TV Cultura e concordo plenamente quando ele diz que a recuperação do ensino no Brasil começa pela televisão. É isso aí! Que o futuro presidente pense nisso."
Humberto Costa (Bauru, SP)

Explosão de mortalidade
"Gostaria de me congratular com o jornalista Gilberto Dimenstein pela forma contundente e oportuna com que tratou na edição de 13/06 de uma das mais preocupantes consequências de nossa crise social. A explosão da mortalidade infantil e a prática clandestina do aborto extrapolam a fronteira da desinformação e do desamparo."
Tuninho Duarte, deputado estadual pelo PDT-RJ (Rio de Janeiro, RJ)

Exército nas ruas
"Quero discordar de Gilberto Dimenstein em sua coluna `É bom mandar o Exército as ruas?' (15/06). Há 16 anos convivo com jovens e seus problemas na Capela do Socorro e Parelheiros e posso afirmar com certeza que, assim como na política, a solução não é militar. É só pensar em saúde, alimentação, educação, moradia e lazer."
Luiz Carlos dos Santos, coordenador do Centro Pastoral de Orientação e Educação à Juventude (São Paulo, SP)

Protestantismo no Brasil
"Causa-me indignação o desrespeito demonstrado por esse diário quando o tema refere-se ao protestantismo brasileiro. É inconcebível que o maior jornal do país continue desinformando seus leitores no que se refere a um crescente grupo humano, coeso em seus ideais, cuja soma monta a 20% da população em seus vários estratos. Tal fato requer desse e demais veículos uma postura tão profissional quanto demonstrado no domingo passado, quando a repórter Cláudia Trevisan cercou-se de informações precisas acerca do assunto em questão."
Pedro Alves Castelhano Neto, pastor (São Paulo, SP)

Conquista do basquete
"Brasil, campeão de basquete feminino! Quem assistiu, chorou! Pelo menos dia 13/06, ao anunciar essa façanha, a Folha poderia e deveria ter dedicado ao basquete maior destaque na sua primeira página e caderno Esporte, mais do que uma foto sem expressão do amistoso da seleção brasileira de futebol e a manchete de que `Ricardo Gomes está fora da estréia'."
Estevam E. Koenigsfeld (São Paulo, SP)

Faces da violência
"Surpreendentemente a polícia de São Paulo. Apresenta à opinião pública um relatório no qual as famílias sem-terra aparecem como perigosos grupos guerrilheiros, obstinados em destruir a frágil democracia `brazuca'. Entretanto, esta mesma polícia mostra-se incapaz de apresentar uma ação decisiva contra a alarmante onda de violência que assola o Estado."
Mário Ribeiro de Oliveira (São Paulo, SP)

O plano real
"A escalada dos preços põe às claras a estratégia FHC de combate à inflação: 1) liberam-se os preços e mantêm-se sob controle os salários, principalmente por meio de profunda recessão; 2) quando a relação preços reais/salários reais atingir níveis na fronteira do genocídio, congela-se esta relação através de uma envergonhada dolarização, que é o real."
Marcos Gentil de Magalhães (Brasília, DF)

"A restrição violenta do crédito privado e empresarial representa o bloqueio da economia e por consequência do desenvolvimento e progresso do país. Este clima de euforia que sucederá a entrada do real é uma `jogada' que poderá fracassar porque o povo logo compreenderá os objetivos políticos. O governo vai arrancar a máscara da face, mostrando a sua verdadeira cara. E daí poderá ser eleito o sr. Luiz Inácio, que implantará a sua reforma socializante, sob o aplauso daqueles que querem derrubar as estruturas escoradas até hoje por uma elite fracassada."
Tito Livio Fleury Martins (São Paulo, SP)

Ataques ao PCdoB
"Em sessão ordinária realizada no último dia 17, esta casa de leis aprovou por unanimidade de votos requerimento de autoria do vereador José Escobar Cavalcante, manifestando o repúdio pelos sucessivos e despropositados ataques ao Partido Comunista do Brasil feitos pelo jornalista Gilberto Dimenstein em sua coluna na Folha."
José Escobar Cavalcante, presidente e Mirian Garcia S. Pimenta, secretária da Câmara Municipal de Anápolis (Anápolis, GO)

Rádios livres
"Quero parabenizar a Folha e a jornalista Elvira Lobato pela matéria sobre a radiodifusão no Brasil (12/06). O que podemos esperar se não for da maravilhosa imprensa escrita? A influência da Organização dos Proprietários de Rádio e Televisão extrapola os partidos e se estende ao Executivo, Legislativo e Judiciário. Que a Folha e a imprensa escrita sobrevivam sempre!"
Valionel Tomaz Pigatti, presidente da Associação das Rádios Livres do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Memória
"Sugiro que sejam realinhadas as baterias para os casos Collor, PC, CPI da Privatização, CPI do Orçamento, distribuidores de gás etc."
Clóvis Fernando Dias Machado (Niterói, RJ)

Preços nas embalagens
"Sugiro ao ministro Rubens Ricupero que promova um estudo de uma medida simples que poderá ajudar e muito na fiscalização contra as remarcações em real: que as embalagens dos produtos já sejam confeccionadas com os preços dos mesmos impressos."
José Ferreira Oliveira (São Paulo, SP)

Monopólio do petróleo
"O caderno Brasil 95, da edição de 29/05, utiliza um jornalismo condenável quando trata da questão do petróleo. Afirma vagamente que `parte da direção da Petrobrás já admite a quebra do monopólio'. Ora, o monopólio é constitucional. O presidente eleito jura defender a Constituição. Logo não depende da vitória ou derrota de qualquer partido a manutenção ou não do monopólio do petróleo."
Roldão Simas Filho (Brasília, DF)

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