São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 1994
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Exercite o inglês também na sala de aula

LÚCIA CAMARGO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Saber inglês é importante em algumas profissões e fundamental em outras. Quem não estudou o suficiente do idioma, e não quer perder tempo, pode aproveitar as férias para fazer um curso de inglês em um dos países onde ele é a língua natural.
Não serão férias exclusivamente de lazer, mas, acredite, vale a pena. Além de participar do dia-a-dia de outro país, volta-se com maior vocabulário e fluência no idioma.
Qualquer pessoa com mais de dez anos pode se matricular. Não há limite máximo de idade. Quem tem menos de 26 anos pode tirar a carteira internacional de estudante, que dá direito a vários descontos. A própria escola costuma providenciar a documentação.
O primeiro passo para a escolha de um curso é decidir a carga horária. Há opções desde dez horas/aula por semana –duas horas diárias, de segunda a sexta– até 30 horas por semana, o que exige dedicação em tempo integral.
Mas para quem não quer passar as férias debruçado em livros de gramática, uma opção são as escolas que oferecem programas de aprendizagem durante passeios. Uma visita à Disney ou Hollywood se transforma em aula.
Depois de definido o tempo de dedicação à aprendizagem do idioma, verifique se o curso é reconhecido pelo Conselho Britânico, no Reino Unido, pelo ACCET (Accrediting Council for Continuing Education & Training), nos EUA, ou seu equivalente no Canadá.
O nível de inglês do aluno é testado no primeiro dia de aula, para determinar a classe na qual vai estudar. Alguns cursos específicos –que incluem prática de esportes, artes e outras atividades– exigem também um teste de aptidão.
A hospedagem pode ser em casa de família ou de professores, alojamento no campus, hotel ou flat.
A primeira opção é a mais barata e o aluno participa efetivamente do dia-a-dia dos habitantes do país. As principais refeições do dia são geralmente incluídas na diária.
Pode-se optar por um quarto individual ou duplo, com outro estudante –que quase nunca é da mesma nacionalidade, para forçar a prática do idioma comum.
A opção de alojamento no campus da escola ou universidade permite convivência com pessoas de todas as partes do mundo. As refeições são feitas no refeitório ou preparadas pelo próprio aluno.
A hospedagem em hotel ou apart-hotel é adequada para aqueles que fazem questão absoluta de privacidade e podem pagar pelo menos o dobro pela acomodação.
A escolha da hospedagem, feita no Brasil, permite especificar preferências e previne, por exemplo, que alguém alérgico a cigarros caia em uma casa repleta de fumantes.
Há a chance, ainda, de mudar de casa se há problemas graves de adaptação. Nas escolas há funcionários que cuidam de arranjar em 24 horas outra hospedagem.
É recomendável também se informar antecipadamente sobre a cidade onde vai ficar, pontos turísticos, temperatura local e distância entre a escola e a hospedagem, entre outros dados. (Lúcia Camargo)

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