São Paulo, sábado, 18 de junho de 1994
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Preços voltam a acelerar em São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

Os reajustes de preços nos supermercados de São Paulo voltaram a apresentar aceleração depois de três semanas consecutivas de diminuição no ritmo de alta.
No período de 7 a 14 de junho, o aumento foi de 10,94%, contra os 8,70% registrados na semana anterior, segundo pesquisa do Datafolha em 12 supermercados da cidade.
Nos hipermercados, a elevação foi de 9,91%, mais 1,18 ponto percentual em relação a semana anterior (8,73%).
Embora tenha subido menos que na semana passada (17,26%), a carne continuou liderando os reajustes nos supermercados, com alta de 14,93%. Nas últimas quatro semanas o produto registra aumento de 86%.
Com os preços elevados, houve queda no consumo, o que forçou redução do preço da arroba na semana passada, que caiu de 23 URVs (Unidade Real de Valor) para 22 URVs no Estado de São Paulo, segundo cotações do Sindipec (Sindicato Nacional dos Pecuaristas de Gado de Corte).
Acompanhando o aumento da carne, os embutidos tiveram alta expressiva: 14,50%, elevação de 7,22 pontos percentuais em comparação à pesquisa anterior, acumulando 46,69% de variação em quatro semanas.
Os produtos de limpeza subiram 12,51%, com alta acumulada de 47,38% em quatro semanas. Os de higiene aumentaram 11,24%, contra 3,62% na semana anterior.
Pesquisa do Datafolha com alimentos básicos acusou reajuste de 11,20%, contra os 10,95% anteriores.
As maiores altas foram do frango resfriado (20,54%) e da bisteca de porco (19,05%).
O café subiu 15,93% no período. Segundo analistas, não há motivos para altas expressivas. O mercado está firme, com cotações em seus melhores níveis nos últimos cinco anos.
Além disso, a indústria está comprando café nos leilões do governo a preços bem abaixo dos praticados pelo mercado.
O feijão carioquinha subiu 7,44%. A expectativa para os próximos dias é de forte aumento nos preços, que dispararam esta semana nas regiões produtoras e, consequentemente, no atacado paulista.
Em três dias o feijão teve alta de 53,8%. Apesar do início da colheita da safra de inverno, a expectativa com o real levou produtores a segurar a produção.
Querem que os preços sejam convertidos na nova moeda em patamar superior a US$ 30 a saca.

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