São Paulo, sábado, 18 de junho de 1994
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Opções e Copa sustentam alta nas Bolsas

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

As Bolsas de Valores ganharam mais otimismo. O volume de negócios está crescendo e também o preço das ações.
O índice da Bolsa paulista subiu, ontem, 6,7% e o da congênere carioca (Senn) teve valorização de 5,7%.
Na próxima segunda-feira há o vencimento do mercado de opções na Bolsa paulista.
O mercado de opções envolve investidores de alto cacife. O otimismo ajuda nas manobras especulativas de quem aposta na alta.
A proximidade da entrada em vigor do real também colabora para explicar a alta nas Bolsas. De qualquer forma, o volume de negócios deve crescer na segunda-feira com o vencimento do mercado de opções.
Representantes de investidores estrangeiros estão preocupados com o reflexo psicológico do desempenho da equipe brasileira de futebol nos negócios na Bolsa.
Os investimentos externos ficaram assustados com o pessimismo e queda nas cotações das Bolsas brasileiras após a morte do piloto Ayrton Senna.
Já o mercado cambial esteve mais tranquilo ontem. O Banco Central realizou três leilões de compra no mercado de dólar comercial, para sinalizar as cotações.
O Banco Central teve atuação mais discreta no mercado do dólar flutuante. O ágio (diferença entre o dólar comercial e o paralelo) subiu de 1,01% no dia anterior para 1,38% ontem.
No mercado de renda fixa os juros dos Certificados de Depósito Bancário mantiveram as mesmas taxas do dia anterior. Os CDBs indexados à Taxa Referencial ficaram em média a 13,5% ao ano e as taxas dos papéis corrigidos pela Unidade Real de Valor (URV) variaram entre 60% e 67% ao ano.
Ontem foi dia de vencimento do mercado de opções de ouro na Bolsa de Mercadorias & Futuros.
O mercado de ouro movimentou, no exercício de opções, 86 toneladas. Apesar do volume elevado, os negócios foram inferiores ao recorde de 107 toneladas em 18 de março último.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 1,698%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros estiveram entre 59,40% ao mês e 59,50% ao mês.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem dia 18 rendem 49,9359%. As taxas dos CDBs de 31 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 8% e 14,5% ao ano. As taxas dos CDBs em URV variaram entre 60% e 67% ao ano.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: 59,50% e 60,50% ao mês. Para 31 dias (capital de giro): entre 70% e 87% ao ano em URV.

No exterior
Prime rate: 7,25% ao ano. Libor: 4,8125%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 6,7%, fechando com 32.376 pontos e volume financeiro de CR$ 582,723 bilhões, contra CR$ 569,365 bilhões no pregão anterior. Rio: elevação de 5,7% (I-Senn), fechando com 125.443 pontos e volume financeiro de CR$ 73,26 bilhões, contra CR$ 29,92 bilhões no dia anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.776,78 pontos, contra 3.811,34 pontos no dia anterior. O índice Financial Times da Bolsa de Londres fechou com 2.372,90 pontos, contra 2.383,30 pontos no dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 21.503,30 pontos, contra 21.367,47 pontos no dia anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 2.317,90 (compra) e CR$ 2.317,95 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 2.276,41 (compra) e CR$ 2.276,43 (venda). "Black": CR$ 2.310,00 (compra) e CR$ 2.350,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 2.270,00 (compra) e CR$ 2.290,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 2.250,00 (compra) e CR$ 2.310,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 3,14%, fechando a CR$ 29.100,00 o grama na BM&F.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada a US$ 1,5250, contra US$ 1,5200 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,6308 marco alemão, contra 1,6318 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 103,55 ienes, contra 102,87 ienes. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 391,60, contra US$ 385,40 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para junho fechou em 48,40%, contra 48,27% no dia anterior.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para junho ficou em 42,30%, contra 42,20% no dia anterior.
O índice Bovespa futuro em URV fechou a 15,10 pontos, projetando rentabilidade de 3,99% ao mês.

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